Entidade responsável por promover os principais torneios de jiu-jitsu do mundo, a IBJJF (International Brazilian Jiu-Jitsu Federation) fez um importante anúncio no dia 1º de janeiro de 2024. O órgão atualizou algumas regras já existentes e comunicou a implementação de novas diretrizes, como a política para a participação de atletas transgêneros nas competições.
Assim como o ADCC – maior evento de grappling do mundo – já havia decidido, a partir de agora, a IBJJF exigirá que os atletas respeitem o seu gênero biológico na hora de se inscreverem e competirem nos seus torneios. O tema tem sido alvo de debate nos últimos anos e ainda divide opiniões.
Atualização motivada por polêmica
Uma importante atualização anunciada pela entidade teve como inspiração uma polêmica envolvendo o astro da modalidade Nicholas Meregali. No Mundial de 2021, o faixa-preta venceu seu combate na semifinal, mas acabou desclassificado após fazer um gesto obsceno para a plateia. Além de ficar de fora da final da categoria e do absoluto, para a qual também havia se classificado, o gaúcho teve sua vitória anulada.
Agora, com a mudança na regra aplicada pela IBJJF, o resultado da vitória de Meregali seria mantido. O atleta desclassificado, no entanto, continuaria eliminado do torneio e não participaria da final, que sequer seria disputada, com o vencedor da outra semifinal sendo declarado campeão, diferentemente do que ocorreu no Mundial de 2021.
Outras mudanças
A guarda 50/50 (fifty fifty) com lapela será punida se o atleta não raspar, mesmo se o lutador estiver atacando. Tinta de cabelo ou maquiagem que sujarem o quimono do oponente será passível de desclassificação. Além disso, os faixas-marrons e faixas-pretas de quimono – sejam adulto ou master – poderão girar para qualquer lado, permitindo a movimentação para os dois lados na chave de pé reta, desde que seja respeitada a regra da cruzada de perna.