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Natassia del Frate / PxImages

Entrevistas

Werdum valoriza “chuva de propostas”, prega cautela sobre futuro e alerta Fedor

No último dia 25 de julho, Fabrício Werdum se despediu oficialmente do UFC ao finalizar Alexander Gustafsson no primeiro round do evento realizado na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU). Livre no mercado por não possuir mais contrato com o Ultimate, o peso-pesado agora convive com propostas de diversas organizações que querem contratá-lo.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o ‘Vai Cavalo’ comemorou a maneira como terminou sua história no UFC e analisou a importância da vitória para valorizar ‘seu passe’ no mercado. O brasileiro adiantou que tem recebido muitas sondagens, mas destacou que não tem pressa para definir seu futuro.

“É legal ter esse tempo livre, chove propostas. Têm eventos menores que querem te contratar, mas não chegam na questão financeira, que é importante também. Estou a fim de fazer superlutas. Talvez faça apresentações no telecatch. Tem tudo, grappling, jiu-jitsu… Me sinto bem depois de uma grande vitória sobre o Gustafsson. Saí pela porta da frente do UFC. Estou muito feliz”, explicou o lutador de 43 anos.

Apesar de ainda não ter decidido qual rumo tomar em sua carreira, a possibilidade de encarar novamente Fedor Emelianenko tem chamado a atenção de Werdum. Atualmente, o russo está no Bellator e adiantou que gostaria de uma revanche, pois no primeiro embate entre eles, em 2010, foi finalizado pelo brasileiro. Com a aprovação do russo, o gaúcho não perdeu a chance de alertar seu possível rival caso esse duelo saia do papel.

“É sempre muito respeito pelo Fedor. Ele é o melhor de todos os tempos ainda. O Miocic é o melhor do mundo no momento, por ser campeão do UFC, mas não é o melhor de todos os tempos. Uma revanche com o Fedor seria excelente, gostaria muito, mas depende da negociação. Tenho carinho grande pelo Scott Coker, um cara que me deu muita atenção quando passei pelo Strikeforce. Eu o considero muito, me ajudou bastante e nunca vou me esquecer disso. Essa luta contra o Fedor todo mundo quer ver. Não sei onde seria, se nos Estados Unidos ou Rússia. Seria para ficar para a história. A primeira já ficou e imagina a segunda, depois de dez anos? Ia ser muito legal. Mas com todo respeito a ele, na hora da luta eu me vejo ganhando de novo”, afirmou o atleta.

Com a saída do UFC e há 18 anos no MMA profissional, Werdum viu seus fãs apontarem para uma despedida da modalidade. No entanto, a ideia de pendurar as luvas, por ora, foi rechaçada pelo lutador, que afirmou que ainda se sente em condições de lutar em alto rendimento contra os melhores por mais dois anos.

“Pretendo lutar mais. Eu me sinto bem ainda, nunca quebrei um osso no meu corpo, acredita? Estou com 43 anos com a cabeça de 28, jovem e bonito (risos). Claro que já pensei em parar, mas não quero me aposentar e voltar depois. Não quero. Quando for para parar, eu paro de vez. Quero lutar mais dois anos, porque sei que tenho lenha para queimar. Pude mostrar isso na minha última luta. Bem treinado, pode vir qualquer um. Treinado, bem fisicamente e mentalmente, é difícil me ganhar. Não quero se prepotente, nem soberbo. Mas pode botar qualquer peso-pesado que eu finalizo”, completou.

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