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Leandro Bernardes / PxImages

Entrevistas

De olho no sucesso das compatriotas, Polyana Viana promete “virar o jogo” neste sábado

Após chegar ao UFC credenciada por um cartel de nove vitórias e apenas uma derrota, além do título peso-palha (52 kg) do ‘Jungle Fight’, Polyana Viana estreou na liga com vitória em ‘casa’, na edição realizada no Pará, estado natal da lutadora. No entanto, os três reveses sofridos por ela na sequência serviram para ligar o sinal de alerta e diminuir a expectativa criada pelo público.

Agora a paraense busca virar o jogo e se juntar à onda de sucesso ‘surfada’ por suas compatriotas na entidade, como Amanda Nunes, campeã peso-galo (61 kg) e peso-pena (66 kg), Jennifer Maia, próxima desafiante ao cinturão peso-mosca (57 kg), e jovens promessas, como Amanda Ribas, velha conhecida de Polyana, única atleta a superar a lutadora mineira. Para isso, uma vitória sobre Emily Whitmire neste sábado (29), pelo card preliminar do UFC Las Vegas, é fundamental, e a ‘Dama de Ferro’ promete provar que pode acompanhar o bom momento do MMA feminino brasileiro.

“Bate realmente uma ansiedade quando eu vejo tudo isso acontecendo com as meninas. A Amanda (Nunes) com dois cinturões, a Amandinha (Ribas) bem, a Jennifer que já vai disputar o cinturão também. Realmente bate uma ansiedade para virar esse jogo, e mostrar que eu sou muito mais do que o que o pessoal estava vendo. E eu vou mostrar isso nessa luta, com certeza”, prometeu Polyana, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight.

A confiança demonstrada pela lutadora na mudança de cenário se explica pela presença da família por perto, especialmente seu filho. Se antes a distância dos entes queridos incomodava e atrapalhava sua rotina de treinos e, consequentemente, seu desempenho nos combates, agora, com todos morando juntos no Rio de Janeiro (RJ), a paraense aposta que retornará à coluna de vitórias e voltará a viver o bom momento que a fez chegar ao UFC.

“Com certeza o problema era eu. Acho que a distância da família… Eu deixei muitos problemas pessoais atrapalharem a minha vida profissional. Coisas que não eram para ter acontecido aconteceram. Eu acho que foi isso. Eu estou me sentindo uma pessoa completamente diferente depois que a minha família veio morar comigo. Depois que eu consegui focar totalmente nos meus treinos, eu estou me sentindo outra pessoa”, contou a paraense, antes de continuar.

“Eu sou mãe e eu sou pai. E quando eu vim para o Rio (de Janeiro), eu nunca tinha ficado longe do meu filho. E aí foi muito difícil ficar no Rio de Janeiro na época. Eu não sei o quanto um pai deve sentir a falta de um filho, mas eu sentia muito. Eu estava no Rio sozinha, sabendo que ele estava lá com a minha mãe. Eu sentia muita falta”, finalizou.

No MMA profissional desde 2013, Polyana Viana soma dez vitórias, todas por finalização ou nocaute, e quatro derrotas em sua carreira até o momento. Oriunda do reality show ‘The Ultimate Fighter’, Emily Whitmire, sua adversária neste sábado, possui quatro triunfos e três reveses no cartel. O confronto entre as atletas aconteceria em março deste ano, no UFC 248, mas, após falhar na balança, a americana acabou sendo hospitalizada em razão do desgaste no corte de peso e o duelo foi cancelado de última hora, sendo remarcado posteriormente.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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