Siga-nos

Entrevistas

Werdum exalta tratamento recebido em migração para o PFL: “Me valorizam”

O veterano Fabrício Werdum está prestes a iniciar um novo capítulo em sua carreira. O ex-campeão peso-pesado do UFC vai estrear no PFL em evento que acontece no dia 6 de maio, em New Jersey (EUA), contra Renan ‘Problema’, e parece animado por integrar a nova organização. Recém-chegado na companhia, ‘Vai Cavalo’ explicou o que fez optar pela empresa presidida por Ray Sefo em relação às demais.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (veja acima ou clique aqui), Werdum revelou que o fato do PFL realizar torneios influenciou em sua decisão. Vale destacar que, além do cinturão, o vencedor de cada temporada é premiado com o cheque de um milhão de dólares (cerca de R$ 5,7 milhões). De acordo com o brasileiro, outro fator que o convenceu a integrar a companhia foi o relacionamento de seus dirigentes com os atletas. Inclusive, o peso-pesado não foi o primeiro lutador a enaltecer a forma como a empresa lida com seus profissionais.

Essa é uma queixa frequente de muitos atletas em relação ao UFC. No passado, quando ainda integrava a organização, o próprio Werdum reclamou do tratamento da companhia. Apesar de ter vivido bons momentos pela empresa, o ex-campeão justificou seu posicionamento ao lembrar que o Ultimate escalou Alexander Gustafsson como seu adversário na última luta de seu contrato com a clara intenção de elevar o nome do sueco. Curiosamente, a vitória do brasileiro sobre o europeu foi crucial para oficializar o acordo com a nova casa.

“Nunca fiz uma sequência como essa. Agora, vão ser quatro lutas em pouco tempo, mas é isso que eu estava procurando. Se eu pudesse voltar no tempo, lutaria mais. Meu grande objetivo é ser campeão do PFL. Ser favorito é bom, fico feliz. O evento me ganhou dessa maneira, por me valorizar, falar como falam de mim, mas não tenho essa pressão de ganhar. Quero ganhar, ser campeão”, declarou Werdum, antes de completar.

“Não fico pressionado por ser favorito, nem penso nisso. Gosto de ser favorito e, com certeza, vou incomodar. Já me sinto em casa. O Ray Sefo sempre me pergunta como estou. No momento que eu assino com um evento, sou 100% o evento. Estou feliz, porque o PFL valoriza os atletas. O jeito que eles nos tratam é diferenciado. Os eventos têm que respeitar os atletas. Não é bom ser visto apenas como produto”, elogiou o veterano.

Em sua estreia no PFL, Werdum vai encarar Renan ‘Problema’, é favorito para o duelo contra o compatriota e também para vencer o GP do peso-pesado. Com a habitual sinceridade, ‘Vai Cavalo’ admitiu que não conhece o adversário, porém pregou respeito. Como já viveu de tudo no esporte e enfrentou adversários dos mais variados tipos, o gaúcho mostrou conhecimento de que subestimar um atleta mais jovem pode frustrar seus planos e prejudicar sua imagem, justamente, na parte final da carreira.

“Eu não conhecia o Renan. É claro que já tinha visto algumas coisas, mas já estou estudando. Como é meu próximo adversário, estou interessado em saber. Tenho que ter uma estratégia, saber o que ele faz de bom e de ruim. Ele é um cara alto, forte e já contratei um cara parecido para ter a noção de lutar contra um cara desse tamanho, que é diferente. Ele usa os jabs, gosta de manter a distância, tem um jiu-jitsu básico, mas que pode incomodar. Ele é completo”, concluiu.

Fabrício Werdum possui feitos importantes no MMA e, não à toa, é considerado por parte dos fãs e da imprensa especializada com um dos melhores pesos-pesados de todos os tempos. ‘Vai Cavalo’ pode se orgulhar de ser o único atleta a finalizar Cain Velasquez, Fedor Emelianenko e Rodrigo ‘Minotauro’. O brasileiro iniciou sua trajetória no esporte em 2002, disputou 34 lutas, venceu 24, sendo 12 por finalização, perdeu nove, empatou uma vez e integrou organizações importantes da modalidade como Pride FC, Strikeforce e UFC.

Editor da Ag Fight e colunista do UOL, Diego Ribas cobre MMA desde 2010 e atualmente mora em Las Vegas

Mais em Entrevistas