Entrevistas
Wellington Turman destaca importância de Glover Teixeira na vitória contra Cirkunov
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por
Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)
Finalmente, Wellington Turman emplacou uma sequência de vitórias no UFC. Na edição ‘Vegas 49’, realizada no último sábado (26), o brasileiro enfrentou Misha Cirkunov pelo peso-médio (84 kg), finalizou o adversário no segundo round e levou para a casa um dos bônus de ‘performance da noite’. Radiante com o resultado, o atleta faz questão de agradecer o veterano responsável por sua evolução no MMA.
Na coletiva de imprensa pós-UFC Vegas 49, que contou com a presença da reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), Turman relembrou o que aconteceu no movimentado duelo contra Cirkunov e comparou a forma como o triunfo se deu às vitórias de Glover Teixeira, sua fonte de inspiração. Na luta, o brasileiro apresentou bom início e quase finalizou o adversário no primeiro round, porém desperdiçou a posição.
Na sequência, o lutador recebeu golpes poderosos do oponente, mas resistiu e, no segundo assalto, finalizou com uma chave-de-braço. De acordo com Wellington, o fato de treinar constantemente com o campeão dos meio-pesados (93 kg) do UFC e ter a presença do mesmo em seu corner, lhe motiva a crescer no esporte.
“Estou muito feliz. Foi uma vitória dura. No primeiro round, ele estava rosnando, ele estava sentindo aquela posição, quase finalizei, faltou pouco. Ele conseguiu sair, é um grande guerreiro. Na hora que caí por baixo, estava um pouco cansado, levei alguns golpes, mas, no intervalo, meus treinadores me acalmaram e consegui voltar melhor. Ele me acertou bons golpes, mas estava me sentindo bem, consegui me recuperar, entrar na posição, como o Glover faz. Minha confiança aumentou muito só de estar treinando com os melhores, treinando com o campeão”, analisou Turman.
Empolgado com o resultado positivo e pela via rápida, Wellington informou que não ficou surpreso com a finalização. Inclusive, o atleta revelou que a chave-de-braço é uma de suas principais técnicas. Como Glover enfrentou Cirkunov no passado e também venceu, o lutador agradeceu os conselhos que recebeu do campeão do UFC. E a parceria deu certo, já que Wellington conseguiu o segundo triunfo seguido pela primeira vez na companhia.
“Eu faço muito essa posição na academia. Gosto muito da chave-de-braço, treino bastante. Na hora que tomei aquela queda, escutei o Glover e minha equipe falando que ele estava mole. Ele levantou, me deu a abertura e consegui encaixar a posição. Na hora que encaixou, sabia que ele não ia sair mais. Estava bem encaixado. O Glover me falou que o Cirkunov, no clinch, não tem muita força e que se desgastava muito. Ele perdeu muito peso. Sabia que, no segundo round, ele voltaria cansado e consegui me recuperar melhor do que ele. O Glovão me deu muitas dicas boas e usei tudo”, explicou o lutador.
Antes de superar Sam Alvey e Misha Cirkunov no UFC, Turman havia perdido duas lutas consecutivas por nocaute e correu risco de ser cortado. Ciente de que precisava mostrar serviço no octógono para continuar na organização, o atleta procurou a ajuda de Glover, se mudou para os Estados Unidos e se transformou. Agora, em boa fase na carreira, o lutador ressaltou que os momentos de angústia também foram importantes em sua trajetória, porque, assim, conseguiu se fortalecer mentalmente.
“Foi a pior fase da minha carreira, foi complicado. Todo atleta sabe que não é bom perder. Não gostamos de perder, somos muito competitivos. Foi difícil para mim, mas Deus faz as coisas certas, têm coisas que precisam acontecer. Acho que se eu não tivesse essas duas derrotas, talvez, não estaria na academia treinando com o Glover. Com certeza, aquilo foi uma coisa que tive que passar para estar aqui agora. Vocês estão vendo o resultado. São duas vitórias seguidas agora, estou na melhor fase da carreira e vou continuar assim”, concluiu.
Jornalista formado, especializado em MMA. Também acompanho boxe, boxe sem luvas, boxe de celebridades e WWE.