Após passar todo o ano de 2020 longe dos octógonos, se restabelecendo de uma cirurgia no braço, Warlley Alves faz seu aguardado retorno ao cage nesta quarta-feira (20), pelo co-main event do UFC Fight Island 8, sediado em Abu Dhabi (EAU). Completamente recuperado da lesão e já de volta à ação no segundo evento do Ultimate em 2021, o meio-médio (77 kg) encara o tunisiano Mounir Lazzez e mira começar com o pé direito uma temporada na qual o brasileiro pretende atingir metas ambiciosas.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Warlley adiantou que traçou planos audaciosos para o ano recém iniciado. A ousadia de suas pretensões na temporada fez inclusive com que o lutador optasse por omiti-las, ao menos por enquanto.
Ciente de que não vive a melhor fase de sua carreira, especialmente considerando os resultados de seus últimos combates, o meio-médio entende que poderia ser ridicularizado caso abrisse o jogo sobre seus planos. Apesar disso, Warlley admitiu que o maior número de confrontos disputados durante o ano é um dos pilares de sua lista de metas para 2021.
“Tracei muitos planos e metas para 2021, mas eu vou deixar isso em off porque talvez seja louco demais revelá-los aqui e eu vou acabar virando motivo de chacota. Mas eu tracei muitas metas e espero realizar todas elas”, afirmou Warlley, antes de citar uma das principais metas de seu planejamento para 2021.
“Eu quero lutar bastante esse ano. Quero estar 100%, longe das lesões, porque eu quero fazer bastante lutas esse ano. Quero sair da casa das três lutas por ano e chegar a de repente quatro ou cinco lutas nesse ano. Essa é a intenção”, revelou.
Porém, antes mesmo de traçar seus objetivos para 2021, Warlley precisou superar um importante obstáculo fora do octógono: uma cirurgia no braço esquerdo, realizada logo no início do ano passado. A recuperação, apesar de longa, foi completa, de acordo com o meio-médio, que contou com a ajuda da equipe Usina de Campeões, no Rio de Janeiro (RJ). Abraçado pela nova equipe, especialmente nas figuras dos mestres Pedro Rizzo e Larte Barcelos, o vencedor da terceira edição da versão brasileira do reality show ‘The Ultimate Figther’ fez questão de agradecer pelo apoio recebido.
“Graças a Deus eu fiz a cirurgia com o melhor ortopedista de cotovelo do Brasil, o Dr Rickson Moraes, então eu tive uma recuperação muito boa. A recuperação foi um pouco longa, foram seis meses para poder recuperar, mais seis meses de treinamento, seis a oito meses para poder estar aqui nessa luta. Estou focado e feliz, trabalhei bastante”, contou Warlley, antes de completar.
“Estou na Usina de Campeões, eu trabalhei bastante para poder voltar. O Pedro Rizzo me deu toda a assistência. Toda a equipe, na verdade. O mestre Laerte Barcelos, o mestre Pedro Rizzo. Me deram toda a assistência para eu poder chegar aqui no meu melhor. Estou com o braço 100% e vamos botar à prova agora”, declarou.
Inicialmente escalado para encarar o americano Christian Aguilera, o mineiro viu seu oponente ser trocado a poucos dias do combate, tendo agora pela frente o tunisiano Mounir Lazzez. A mudança de adversários, no entanto, não parece preocupar o vencedor do TUF Brasil 3. À parte da clara diferença de altura entre os rivais, Warlley apontou semelhanças no jogo dos dois e comemorou o fato do atleta africano também ser adepto da luta em pé.
“A gente estava treinando já para um cara da trocação, esse (novo adversário) obviamente tem umas qualidades um pouco diferentes do primeiro adversário. A questão da altura, a questão da envergadura. O outro era mais baixo, ele é um pouco mais alto. Mas tirando isso, não houve grande diferença não. Mas está tudo certo. Não mudou muita coisa do que era antes. A gente já estava esperando um cara da trocação. Graças a Deus veio esse cara. Vai ser uma luta boa. Vão ser dois strikers que vão sair na porrada, literalmente. É um cara bom, um cara que uma vitória sobre ele com certeza me coloca no meio do game de novo”, finalizou.
Aos 30 anos recém-completados no último dia 4, Warlley Alves soma 13 vitórias e quatro derrotas em seu cartel no MMA profissional. Após estrear com quatro triunfos consecutivos pelo UFC, um deles inclusive sobre o falastrão Colby Covington, o meio-médio brasileiro perdeu quatro de suas últimas sete lutas no octógono mais famoso do planeta.