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Volta por cima! Robocop revela aprendizado com derrota antes do UFC 317: “Paciência”

No último mês de fevereiro, Gregory Rodrigues sofreu uma dolorosa derrota no octógono mais famoso do mundo. Diante do ex-desafiante ao cinturão peso-médio (84 kg) do UFC Jared Cannonier, o brasileiro viu sua sequência de vitórias acabar e também perdeu uma oportunidade de ouro de dar um salto significativo rumo ao topo do ranking da categoria. Com novo compromisso no Ultimate marcado para este sábado (28), ‘Robocop’ garante ter aprendido lições valiosas com o tropeço, mas evita “ficar preso no passado”.

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Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Gregory Robocop afirmou que o revés em fevereiro, principalmente da forma como ocorreu, o fez querer ser um lutador mais paciente dentro do octógono. Isso porque, na sua opinião, faltou tranquilidade de sua parte para lidar com a continuidade do combate contra Cannonier depois de, por muito pouco, não nocautear o rival no primeiro round da disputa, que terminou apenas no quarto assalto, com a derrota do brasileiro por ‘TKO’ (nocaute técnico).

Assim, o atleta natural de Rondônia deve subir no octógono do UFC 317, neste sábado, com menos senso de urgência para terminar com a luta de qualquer maneira. Pelo menos esse parece ser o objetivo de Gregory Robocop para este duelo contra Jack Hermansson: aplicar na prática o aprendizado da última luta, sendo mais paciente dentro do cage.

O grande aprendizado foi a paciência. O Cannonier é um cara muito resiliente, tem muita paciência. Você vê, ele estava perdendo um round, eu botando tudo ali dentro, mas ele é um cara que teve muita paciência, (sabia que) luta de cinco rounds é diferente. Ele foi melhor que eu naquela noite, mas aprendi muito a aproveitar cada momento, não se precipitar, querer realmente estar ali em cima. Isso é fundamental. Você tem que querer estar ali, não pode subir (no cage) já querendo que acabe rápido. Então, paciência foi a lição”, declarou Gregory.

O que passou, passou

Apesar de tirar boas lições de sua última apresentação, o lutador brasileiro evita se apegar demais ao passado. Principalmente no que diz respeito às oportunidades perdidas e os rumos diferentes que sua carreira poderia ter seguido caso tivesse conseguido sair vitorioso do confronto contra o experiente Jared Cannonier. Portanto, o mantra de Robocop é seguir em frente.

“É esquecer, não tem o que fazer. A frustração é eu sempre estar lembrando daquilo e pensando que eu poderia ter um resultado que não tive. Ou então você querer sofrer por algo que nem é teu. Pensar no passado se for para algo bom, para eu aprender e continuar caminhando na minha carreira, porque isso não vai me parar. Acho que muitas vezes a frustração vem quando você fica preso no passado. Eu não fico preso no passado“, concluiu.

Além de Gregory Robocop, o Brasil estará representado por outros seis lutadores no card do UFC 317. Nas duas lutas principais do show, Charles ‘Do Bronx’ Oliveira e Alexandre Pantoja enfrentam Ilia Topuria e Kai Kara-France, em disputas pelos cinturões peso-leve (70 kg) e peso-mosca (57 kg). Ainda pela parcela principal do evento, Renato Moicano e Felipe lima medem forças com Beneil Dariush e Payton Talbott.

Já no card preliminar do espetáculo deste sábado, Robocop, Viviane Araújo e Jhonata Diniz entram em ação contra Jack Hermansson, Tracy Cortez e Alvin Hines, respectivamente.

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Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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