Atualmente, o MMA é um esporte solidificado no Brasil, conta com milhares de fãs e atua como um centro formador de atletas de alto rendimento para as principais organizações ao redor do mundo. Antes desse sucesso, no entanto, a realidade era completamente diferente e a modalidade beirava a marginalidade. Como viveu nos dois períodos citados, Vitor Belfort é um nome perfeito para analisar a importância do aniversário de dez anos da primeira edição do UFC no Rio de Janeiro, que se tornou um marco ao ser transmitida em TV aberta no país.
Apesar de não integrar o card do evento galáctico, Belfort também participou do show, mas de outra maneira. Naquela noite de 27 de agosto de 2011, o ex-campeão do UFC foi comentarista da Rede TV!, canal que detinha os direitos da transmissão das lutas. Por ser um dos maiores defensores do esporte e constantemente fazer campanhas por mais espaço ao MMA na TV aberta, o ‘Fenômeno’ apontou o sucesso do UFC Rio 1 como uma espécie de realização de um sonho.
“Estava nessa luta para o esporte passar na TV aberta faz tempo. Nosso povo merecia esse presente. Não tem melhor povo que o brasileiro. Eles são fieis às lendas. A energia do povo brasileiro me marcou muito nesse evento”, afirmou o lutador, em entrevista exclusiva à reportagem Ag. Fight, antes de também exaltar o esforço seus colegas de profissão em prol do MMA.
“Eu fui uma espécie de um ‘profeta’ nesse esporte. Eu abri o mar vermelho. Mas acho que todos nós fizemos nosso papel”, completou o lutador, que fez sua última atuação pelo UFC e no MMA em maio de 2018, também em uma edição no Rio de Janeiro.
Embora com papel histórico no MMA brasileiro, Vitor Belfort não pôde lutar no UFC Rio 1. O ‘Fenômeno’ até participou da divulgação do evento, em coletivas de imprensa, mas por ter atuado na edição número 133 do show, que aconteceu no dia 6 de agosto, quando ele derrotou Yoshihiro Akiyama por nocaute, sua presença na edição não foi possível.
Vitor Belfort fez história no MMA. Na modalidade de 1996 até 2018, o ‘Fenômeno’ possui um cartel de 26 vitórias, 14 derrotas e um ‘No Contest’ (luta sem resultado) em seu currículo. O lutador chegou a ser campeão do torneio do peso-pesado do Ultimate e também faturou o cinturão dos meio-pesados (93 kg) da organização.