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Vicente Luque admite ter sido pego de surpresa em derrota para Belal Muhammad

Em ascensão na divisão dos meio-médios (77 kg), Vicente Luque subiu novamente no octógono, no sábado (16), para encarar Belal Muhammad na luta principal do UFC Vegas 51 e manter a boa fase. Apesar de já conhecer o rival por tê-lo enfrentado, e vencido, seis anos atrás, o brasileiro encontrou no cage um oponente que apresentou novas táticas e não foi capaz de impor seu jogo, sendo derrotado na decisão unânime dos juízes.

Em bate-papo exclusivo com a reportagem da Ag Fight após o término do evento (veja acima ou clique aqui), Vicente admitiu que se surpreendeu com a nova estratégia de luta adotada por Belal Muhammad, que durante boa parte do confronto se manteve na base de canhoto, dificultando a aproximação do brasileiro. Tranquilo, apesar do revés, Luque ainda reconheceu o mérito do rival ao citar as quedas e o controle posicional no solo como o grande diferencial da peleja.

“A troca de base me confundiu bastante, foi uma coisa que eu não estava esperando. Eu realmente estava esperando que ele iria lutar de destro, como ele faz na maioria das lutas dele e acabei sendo surpreendido. Não tem desculpa. Estava bem, estava treinado, não senti a questão do gás. Acho que os dois cansaram igual. Mas ele encontrou melhor as quedas, colocou bons golpes, eu também coloquei bons golpes, acho que em pé ficou muito parelho, talvez eu acertei os golpes mais fortes. Mas as quedas e o controle no chão acabaram levando a luta para ele. Mérito dele”, analisou Vicente.

Com o resultado deste sábado, Vicente Luque somou apenas sua segunda derrota nos últimos 12 combates disputados, interrompendo uma sequência positiva de quatro lutas. O brasileiro, que sonhava em se aproximar do topo da divisão dos meio-médios, em busca de um ‘title shot’, agora deve ser ultrapassado no ranking por Belal Muhammad e precisará recomeçar sua caminhada rumo a uma futura disputa de título.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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