Com cinco vitórias consecutivas, Norma Dumont vive um grande momento no UFC. A boa fase, entretanto, não impede a brasileira de buscar evolução. Disposta a se destacar ainda mais na categoria dos pesos-galos (61 kg), de olho em uma chance de disputar o cinturão, ‘The Immortal’ admite que a ausência de um fator importante em suas apresentações pode estar lhe freando na organização: os triunfos por nocaute.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Norma frisou que tem feito um trabalho voltado para afiar a técnica de suas mãos na equipe ‘Chute Boxe Diego Lima’, para colocar um ponto final no jejum. A atleta mineira nunca venceu por nocaute no MMA profissional – são dez triunfos por decisão e dois via finalização. Sendo assim, Dumont quer apresentar sua ‘versão 2.0’ já em sua próxima luta, diante da ex-campeã Raquel Pennington, no Noche UFC, em setembro.
“Esperem minha melhor versão, 2.0, mais agressiva. Estou muito focada em melhorar meu jogo, em melhorar a minha mão. Já tenho uma trocação técnica e eficiente, mas tenho poder de nocaute. Então foquei muito nisso, melhorar a pegada da mão mesmo. Bater mais duro, para nocautear. Plantar para pegar. É o que falta (nocautes). É a primeira vez estou falando isso, o que vou fazer, vou nocautear a Raquel, acredito que no segundo round. Sei da resistência da Raquel. O maior desafio que vou ter nessa luta é a resistência dela. Mas ela me dá muitas brechas e estou trabalhando para nocauteá-la. Vai ser na técnica e pujança física”, projetou Dumont.
Obstinada pelo título
Quando entrar em ação contra Raquel, Norma encerrará um hiato de um ano de inatividade. Voz ativa dentro do plantel de atletas, a brasileira frequentemente reclama de suas principais concorrentes, que, em seu entendimento, travam a categoria ao recusar lutas e competirem com baixa frequência. Apesar do cenário incômodo, ‘The Immortal’ garante que a resiliência está em dia para, eventualmente, cumprir sua meta de chegar até o cinturão do UFC.
“Tenho na minha consciência que preciso acabar com essa luta antes do tempo para que eu pressione a organização para me dar a disputa de título em seguida. O recado vai ser dado para todas elas (adversárias). Podem se esconder, correr, mas sou inevitável. Uma hora ou outra elas vão ter que me enfrentar. Quero o meu cinturão, por mais que eles enrolem. Posso ficar um, dois anos fora. Minha fome de treinar e aprender continua grande. Elas vão enfrentar um problema maior. Quanto mais tempo elas me derem, pior para elas”, cravou a brasileira.
Aos 34 anos de idade, Norma parece próxima do auge técnico e físico. Atual número 4 do ranking, a mineira pode se consolidar de vez na disputa por um ‘title shot’ caso vença Pennington, segunda colocada da categoria. Mesmo ainda não oficializado, o próximo duelo pelo cinturão tende a ser entre a campeã Kayla Harrison e Amanda Nunes, que encerrou voltou da aposentadoria nesta temporada.
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