No último sábado (2), Thiago ‘Marreta’ entrou pressionado para encarar Johnny Walker na luta principal do UFC Vegas 38 – o motivo era o recente retrospecto do brasileiro, que vinha de três derrotas seguidas. No entanto, o competidor se recuperou e voltou a vencer, ao superar o compatriota por decisão unânime dos árbitros. Apesar do triunfo, o carioca lidou com algumas críticas pela sua atuação.
O brasileiro usou as redes sociais para fazer um desabafo sobrea cobrança recebida e recebeu o apoio de um dos seus técnicos. Gabriel de Oliveira, que comanda os treinos o boxe de Marreta, se mostrou incomodado com o tratamento que seu pupilo recebeu após o confronto. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o profissional da equipe ‘American Top Team’ ‘culpou’ Johnny pelo fato da luta não ter sido mais animada e destacou a importância dessa luta para a carreira do veterano no Ultimate.
“Se a luta não foi empolgante foi pelo próprio Johnny Walker que não veio para a luta. O ‘Marreta’ esteve no controle da luta. Eu vi ele ganhar quatro rounds. O Johnny Walker estava ‘cagado’, com medo do caramba. Ele não veio para lutar. Não foi isso que apresentou. Mas o público é complicado. Se o ‘Marreta’ nocauteia ia dizer que que o Johnny Walker é fraco. Se o Johnny Walker nocauteia iam falar que ele é melhor que o Jon Jones. Sempre tem alguém para falar abobrinha”, afirmou o treinador.
“A ideia era ser estratégico, mas se o Johnny Walker viesse para o arrebento, o ‘Marreta’ tem uma mão muito pesada e é um contra-golpeador também. Se o cara não foi para ele, não podia ir para cima assim porque o cara também é perigoso, podia entrar um golpe mandrake, já que ele é imprevisível. Uma derrota poderia significar uma demissão para o ‘Marreta’ na companhia. É seguir fazendo nosso trabalho, pegar as próximas lutas e meter bala nos caras. O ‘Marreta’ vai meter a mão neles”, completou Gabriel.
Gabriel também fez questão de valorizar o equilíbrio da luta. Embora tenha considerado uma vitória tranquila de ‘Marreta’, o técnico afirmou que a luta foi ‘travada’ também pelos dois lutadores terem fechado as possíveis brechas para os adversários explorarem.
“Se analisar, os juízes deram três rounds para o ‘Marreta’ e dois para o Johnny Walker. Isso foi muito equilibrado. Eles se prepararam para lutar um com o outro e estavam bem demais para o que o outro ia apresentar. O ‘Marreta’ fez o suficiente para ganhar a luta. Ele não queria dar show, ele queria ganhar a luta”, finalizou o profissional.
Thiago ‘Marreta’ ocupa a quinta posição no ranking dos meio-pesados do UFC. O brasileiro estreou pela maior liga de MMA do mundo em 2013, disputou 22 lutas, venceu 14, sendo 11 por nocaute, e saiu derrotado oito vezes. O carioca viveu seu melhor momento na organização de 2018 a 2019, quando engatou quatro vitórias seguidas que o levaram a disputar o cinturão contra Jon Jones, até então campeão da categoria.