Siga-nos

Entrevistas

Treinador brasileiro analisa potencial de Holly Holm na luta de solo

Ex-atleta de boxe e kickboxing, Holly Holm, compreensivelmente, tem na trocação a sua principal arma no MMA, mas isso não significa que ela não possua um bom nível na luta de chão. Pelo menos é o que garante o brasileiro Rafael ‘Baratinha’, responsável por afiar o jiu-jitsu da ex-campeã peso-galo (61 kg) do UFC desde 2015.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), o treinador analisou o potencial de sua pupila na luta de solo e destacou suas habilidades, especialmente quando aplicadas dentro do contexto do MMA. Se no jiu-jitsu a americana ainda ostenta a faixa-azul, dentro do octógono do Ultimate, na mistura das artes marciais, o chão da ex-campeã tem um nível bastante acima, de acordo com ‘Baratinha’.

“Ela tem um porte físico muito grande, muito forte, então quando ela ganha as posições dela, é bem difícil tirar ela de cima. (…) Acho que o estilo dela de chão é mais para acabar com um nocaute. Ela tem um ground and pound muito bom, treina do lado do Jon Jones, os dois estão sempre conversando, trocando figurinhas. E o ground and pound da Jackson Wink é muito bom, eles são especialistas nessa área”, analisou o treinador, antes de completar.

“Ela é faixa-azul, está fugindo da faixa-roxa (risos). Mas ela tem um nível de faixa-roxa para cima. Mas quando está envolvida no esquema de MMA, você pode considerá-la como faixa-preta. Porque ali tem cotovelada, soco, então muda bastante. Eles treinam bastante ground and pound na Jackson Wink, então quando a gente mistura o jiu-jitsu com o ground and pound, o nível dela vai até mais alto”, concluiu.

Neste sábado (3), Holly Holm pode confirmar os elogios do treinador ao enfrentar Irene Aldana, na luta principal do UFC Ilha da Luta, em Abu Dhabi (EAU). Aos 38 anos, a americana soma 13 vitórias, sendo oito por nocaute, e cinco derrotas em seu cartel, e ocupa a segunda posição no ranking peso-galo feminino do Ultimate.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

Mais em Entrevistas