Em sua trajetória no UFC, que teve início em 2019, Taila Santos competiu sete vezes em cinco temporadas – com uma média de pouco mais de um combate por ano. A assiduidade do período, porém, parece não ter agradado a brasileira, que atrelou a falta de lutas e o calendário espaçado como o principal motivo para sua saída da organização presidida por Dana White. Ex-desafiante ao cinturão peso-mosca (57 kg), a catarinense admitiu, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, que também se sentiu desprestigiada em determinado momento pela empresa.
Quando, em junho de 2022, enfrentou a então campeã Valentina Shevchenko e foi superada em um duelo parelho via decisão dividida, Taila Santos esperava por uma revanche imediata. Na visão da brasileira, inclusive, assim como para uma parcela de fãs, ela teria feito o suficiente para destronar ‘Bullet’ na ocasião. Uma nova oportunidade pelo título não veio e o já presente incômodo pela falta de frequência no octógono fez com que a relação entre as partes se desgastasse e culminou em sua saída do Ultimate, no fim de 2023.
“Já não vinha contente por essa questão de calendário. Estava lutando uma vez por ano, era sempre assim. Estava demorando muito. Depois da minha luta com a Valentina, já foi ficando meio chato. Venci aquela luta. Muita gente queria ver a revanche, ver eu ter outra oportunidade, inclusive eu (…) Esperava por esse merecimento ter essa oportunidade. Mas foram enrolando e não rolou. Essa questão de lutar pouco, aí joga (data) para frente, uma luta aqui, outra lá. O atleta não tem uma agenda, não sabe quando vai lutar. É legal se manter ativa, saber as datas, ter um cronograma. Estava na última luta do meu contrato. A gente conversou e decidimos não renovar, aí ficou por isso. Terminou o contrato e a gente não renovou”, esclareceu Taila.
Chance de ‘mudar de vida’ com prêmio milionário
Não demorou muito para que Taila achasse uma ‘nova casa’ no MMA. Neste mês, a catarinense assinou oficialmente com a PFL. Na nova liga, a ex-desafiante do UFC participará do tradicional ‘GP’, que coroa os campeões ao final da temporada com o cinturão e o prêmio de 1 milhão de dólares (R$ 5 milhões). De olho na bolsa milionária, Santos garante que o cheque mudaria sua vida financeira.
“Esse GP veio em ótimo momento. Estou muito feliz, o sentimento não poderia ser outro. Esse GP é muito bem falado. E todo atleta quer, com certeza, ser bem remunerado. É isso que o GP está fazendo, para o atleta realmente mudar de vida, muito bacana. Todo atleta quer entrar em um evento grande e mudar de vida. A questão de ter um calendário, ter todas as lutas e (poder) ganhar esse 1 milhão é muito bacana. É, de verdade, para mudar de vida. O GP é muito massa por isso. Além do calendário, chegar na final e poder colocar a mão em 1 milhão. Agora é rumo ao 1 milhão (risos)”, projetou a peso-mosca.
Postulante como uma das favoritas no torneio entre as mulheres até 57 kg, Taila Santos estreia na PFL no dia 4 de abril, diante de Denise Kielholtz, na primeira rodada da temporada regular do ‘GP’ da categoria. O show será sediado no Texas (EUA).