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Louis Grasse/PxImages

Entrevistas

Tabatha busca minimizar diferença de altura para rivais e torce por criação do peso-átomo

Depois de ser chamada de última hora para estrear no Ultimate, em um combate válido pelo peso-mosca (57 kg), em junho deste ano, Tabatha Ricci retorna ao octógono neste sábado (23), para enfrentar a também brasileira Maria de Oliveira, no card do UFC Vegas 41, desta vez no peso-palha (52 kg). Porém, apesar de voltar a atuar em sua categoria de origem, ‘Baby Shark’ – apelido que faz alusão à sua baixa estatura – precisará novamente superar a desvantagem na altura em relação à sua adversária, o que faz com que a faixa-preta não descarte uma nova mudança no futuro.

Se na sua estreia pela organização, diante da perigosa ‘striker’ francesa Manon Fiorot, Tabatha encontrou dificuldades em função da menor envergadura, neste sábado, a lutadora paulista – que mede cerca de 1.57m de altura – estará novamente em desvantagem contra Maria de Oliveira. Cerca de dez centímetros mais baixa que a compatriota, Ricci – em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight – revelou que possui um plano para minimizar a diferença de alcance para a rival, mas negou abrir o jogo sobre sua estratégia.

Ciente de que passará pelo mesmo ‘problema’ contra grande parte do plantel do peso-palha do UFC, a brasileira revelou que torce pela criação do peso-átomo (48 kg), que poderia ser mais adequada para atletas de menor estatura como ela, a japonesa Kanako Murata, a americana Michelle Waterson, entre outras. A divisão até 48 kg já existe em outros eventos e, com o crescimento do MMA feminino, tem, cada vez mais, sido especulada como uma provável adição futura no quadro do Ultimate.

“A gente treinou bastante a estratégia da luta. Eu não vou falar muito o que a gente preparou, mas eu já estou acostumada a treinar com meninas mais altas, tenho parceiros de treino muito bons, treino com ótimas meninas, de alto nível, que já estão no ‘LFA’, no UFC. Então, eu já venho fazendo uma preparação muito boa e acho que não vai ser uma desvantagem tão grande nesse sentido da altura e da distância”, afirmou Tabatha, antes de comentar sobre a possibilidade de uma nova categoria no UFC ser criada.

“Sou super favorável à criação dessa categoria (peso-átomo). Agora, o meu corpo está muito adaptado para o 115 (libras/52 kg), mas se abrisse a categoria átomo, eu, com certeza, faria um teste nessa categoria. Eu abaixo com tranquilidade para 52 (kg), eu não sei para 48 (kg). Acho que eu sofreria um pouco mais. Mas, com certeza, iria tentar bater o peso”, concluiu.

Aos 26 anos de idade, Tabatha Ricci acumula cinco vitórias e apenas uma derrota em sua carreira no MMA profissional. O revés no cartel veio justamente em sua estreia pelo UFC, em junho deste ano, por nocaute técnico, diante da francesa Manon Fiorot.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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