Quatro anos após conquistar pela primeira vez o título dos pesos-leves (70 kg) do UFC, Charles ‘do Bronx’ Oliveira se prepara para mais uma disputa pela cinta — novamente em confronto por cinturão vago, desta vez contra o georgiano Ilia Topuria. O combate acontece neste sábado (28), durante a tradicional ‘Semana Internacional da Luta’, em Las Vegas (EUA), e marca a tentativa do brasileiro de retomar o posto de campeão da divisão até 70 kg.
Em entrevista exclusiva à Ag Fight, o paulista comentou sobre a experiência acumulada ao longo dos anos, o desejo de retornar ao topo e as razões que ainda o mantêm ativo e competitivo. Para o atleta da ‘Chute Boxe Diego Lima’, o tempo desde a vitória sobre Michael Chandler, em 2021, trouxe evolução e maturidade, mas não diminuiu sua motivação. Segundo ele, a “sede” pela vitória segue a mesma.
“A experiência conta muito. Você cresce e evolui. Você tem que ter sede e tem que ter vontade. E a minha sede é a mesma de quando eu comecei, porque o dia que você não tiver isso é mais fácil você vir aqui e agradecer e sair fora. Você tem que ter vontade, tem que ter tesão naquilo que faz. Então, eu continuo nesse mesmo ‘timing’ com sede, com vontade, sabe? Querendo me tornar campeão de novo”, destacou Do Bronx.
Evolução
Além do espírito competitivo, o que impulsiona Charles também tem raízes pessoais: o desejo de oferecer uma vida melhor à família. Ele ilustrou sua motivação com um exemplo simples, ligado à mudança de padrão de vida com o passar dos anos.
“Hoje a minha vida é completamente diferente de 10, 12 anos atrás. Então os meus gastos são muito maiores. Você usa roupas melhores, você tem um carro melhor. Antigamente você tinha um Gol. Hoje você tem um Porsche. Você tem que continuar motivado para você continuar a dar algo bom para os seus filhos, dar algo bom para sua mulher. E é isso que eu quero continuar fazendo”, afirmou.
Carreira
Do Bronx construiu uma trajetória de destaque no MMA profissional, somando 35 vitórias, 10 derrotas e um no-contest. Desses triunfos, 21 foram por finalização (60%) e 10 por nocaute (28%), o que demonstra sua versatilidade e poder de definição. O brasileiro também ostenta marcas expressivas no UFC: é o recordista em terminar os duelos pela via rápida (20) e lidera a lista de bônus por performance, com 20 premiações conquistadas.
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