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Diego Ribas/PxImages

Entrevistas

‘Robocop’ se diverte com comparação a Barack Obama, mas descarta trocar apelido

Neste sábado (23), Gregory Rodrigues faz sua segunda apresentação no octógono mais famoso do mundo, desta vez diante do coreano Jun Yong Park, no card preliminar do UFC Vegas 41. Conhecido há anos pelo apelido ‘Robocop’, o peso-médio (84 kg) chamou a atenção dos fãs do MMA em sua estreia pela organização, em junho deste ano, pelo seu desempenho e, principalmente, pela semelhança com o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama.

Ciente das comparações com o famoso político pela fisionomia parecida, o brasileiro – em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight – admitiu que leva na esportiva a brincadeira, mas que, no passado, chegou a se irritar. Alvo de brincadeiras inclusive por parte de sua esposa, Gregory revelou ainda que começou a ouvir sobre sua semelhança com o ex-presidente dos Estados Unidos muito antes de sua estreia no UFC, quando ainda treinava na academia ‘X-GYM’, no Rio de Janeiro (RJ), ao lado de grandes craques do MMA, como Ronaldo ‘Jacaré’, um dos responsáveis pelo início das comparações.

“Particularmente, eu não concordo (com a comparação com o Obama). Eu sou mais bonito que ele (risos). Mas isso começou há muito tempo. O Jaca (Ronaldo Jacaré), quando a gente treinava na X-GYM, ele postava as fotos e nos comentários chovia gente falando que eu parecia com o Barack Obama. Às vezes também, já nos Estados Unidos, eu ia no banco e alguém falava: ‘Você parece o Barack Obama’. Eu nunca gostei muito disso, mas agora eu entrei na brincadeira. O Obama foi um grande presidente, tem a história dele. Ser comparado com um presidente dos Estados Unidos é legal, mas eu acredito que eu sou um pouco mais bonito do que ele (risos). Para mim, hoje está de boa”, comentou ‘Robocop’, antes de continuar.

“Minha esposa que me zoa muito: ‘Tu parece mesmo. Para de frescura’. Porque antes eu ficava bravo: ‘Eu não pareço com o Obama, para de falar isso’. Mas não dá. Para ir contra a internet não tem como (risos). Então, eu acabei entrando na brincadeira. Já até postei uma foto minha e do Obama do lado (nas redes sociais). De longe assim, olhando rápido, dá uma lembrança, mas não parece muito não (risos)”, brincou o lutador.

Apesar de reconhecer a força que a marca de ‘Barack Obama do MMA’ ganhou nas redes sociais recentemente, principalmente entre os fãs norte-americanos do Ultimate, o peso-médio descarta a possibilidade de trocar de apelido, especialmente após uma conversa com seu pastor, pouco antes de seu debute no UFC, na qual percebeu que sua história pode ser comparada a do personagem principal do bem-sucedido filme que lhe rendeu o codinome original.

“Não tem como. Vou deixar Robocop mesmo. Eu já tenho esse apelido há algum tempo e tem um significado grande para mim. O apelido começou com o (Josuel) Distak, em 2014. Ele era o head coach da X-GYM, não sabia meu nome e eu era todo duro, cara do jiu-jitsu, ele falava: ‘Oh, Robocop! Chega aí’. E pegou. Nas minhas lutas que eram transmitidas, os comentaristas me chamavam de Robocop”, contou Gregory, antes de completar.

“E na minha estreia no UFC, um cara fez uma montagem do Robocop e do meu adversário, que foi o Dusko (Todorovic), como se fosse o Raiden, do Mortal Kombat. Eu mandei isso para o meu pastor e ele falou: ‘Caraca, meu irmão. Acabei de ter uma percepção aqui a respeito do Robocop, e você. Para o Robocop existir, um homem precisou morrer’. Porque na história do policial (Alex) Murphy, ele sofreu um ataque e morreu. Mas ele era tão bom que pegaram a mente dele e colocaram em uma máquina, e fizeram o Robocop. Aí ele falou: ‘Cara, para você existir hoje, você teve que morrer’. E foi exatamente isso. Já pensei muito em parar, em abandonar o MMA, e acabou que hoje eu cheguei onde eu sempre quis chegar, no UFC. Então, para mim, hoje, tem muito mais significado esse apelido, ser o Robocop”, finalizou.

Aos 29 anos de idade, Gregory ‘Robocop’ Rodrigues soma dez vitórias, oito delas pela via rápida, e três derrotas na carreira. Neste sábado, o peso-médio mede forças com Jun Yong Park, pelo card preliminar do UFC Vegas 41, no seu segundo compromisso pelo principal evento de MMA do planeta. O coreano, mais experiente no octógono do Ultimate, chega para o combate com um cartel de 13 triunfos e quatro reveses.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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