Siga-nos
Diego Ribas

Entrevistas

Renato ‘Moicano’ promete luta “do jeito que o povo gosta” no UFC 281

Após oito meses afastado dos octógonos, Renato ‘Moicano’ volta à ação neste sábado (12), no UFC 281, com sede em Nova York (EUA). A poucos dias do confronto diante de Brad Riddell, o brasileiro parece bastante entusiasmado com seu retorno ao esporte. Em entrevista exclusiva com a reportagem da Ag Fight, o peso-leve (70 kg) da ‘American Top Team’ projetou uma luta de encher os olhos dos fãs de MMA ao redor do mundo.

O brasiliense admitiu que o rival da Nova Zelândia oferece perigo na trocação, mas também se auto-avaliou como uma pedra no sapato de Brad na luta agarrada. Na opinião de ‘Moicano’, esse jogo de xadrez no tabuleiro que pode render grandes momentos também saltou aos olhos do Ultimate, que escalou os dois em uma posição estratégica do estrelado card do UFC 281, conforme o próprio observou.

“Claramente ele me traz perigo na trocação e eu levo mais perigo no jiu-jitsu. Não sei como ele vai achar a luta, porque é muito diferente, cada luta é (…) Não sei o que ele pensa. Vi algumas lutas dele colocando para baixo também, apesar de ser um striker. Umas ele botou para baixo e foi mal, outras ele fez a mesma coisa e foi bem. Então acho que, apesar de ter essa divisão de striking e jiu-jitsu, ele já está bem adaptado ao MMA”, avaliou Renato, antes de falar sobre a expectativa do combate.

“Acredito que vai ser uma boa luta, com bastante transição, porrada, do jeito que o povo gosta. Por isso eles (UFC) colocaram antes do card principal, justamente para abrir (alas) e a galera ficar empolgada para comprar o pay-per-view. Não foi à toa, com certeza pensaram nisso, de colocar uma luta excitante para a galera continuar no card principal”, completou.

Cotado para disputar o cinturão peso-pena (66 kg) há alguns anos, após sólida carreira construída na categoria, Moicano agora almeja fazer o mesmo com 70 kg. De olho em uma alavancagem entre os pesos-leves, o brasileiro quer medir forças contra um adversário ranqueado em caso de vitória neste sábado.

“Essa vitória vai me colocar, com certeza, no ranking. Eu exijo que depois dessa vitória eu esteja lutando contra alguém ranqueado. Vou estar preparando alguns nomes para falar depois. O ‘Moicano’ quer dinheiro, mas ele merece respeito também, ele quer estar no topo da categoria. Já fui top 4 da categoria de baixo. Subi, não me colocaram no ranking. Então está na hora de falar, chegar no topo da categoria, porque sei que ainda tenho muita lenha para queimar. Espero vencer, fazer uma boa performance e enfrentar um ranqueado (…) É questão de tempo”, projetou.

Além de Moicano, o UFC 281 contará com a presença de outros dois atletas brasileiros. Wellington Turman mede forças com Andre Petroski, no card preliminar, enquanto Alex ‘Poatan’ lidera o card no confronto com Israel Adesanya, em disputa que coloca em jogo o cinturão peso-médio (84 kg) da companhia.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

Mais em Entrevistas