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Entrevistas

Por nascimento da filha, ‘Robocop’ projeta fim da temporada após UFC Vegas 60

Neste sábado (17), Gregory ‘Robocop’ subirá no octógono do UFC Vegas 60 para encarar o americano de ascendência nigeriana Chidi Njokuani, no co-main event da noite. O duelo marcará o quinto compromisso do brasileiro no cage desde que estreou pelo Ultimate, há pouco mais de um ano. O bom ritmo de competição alcançado pelo peso-médio (84 kg) nos últimos tempos, no entanto, corre risco de ser interrompido após o confronto deste final de semana. Mas por uma boa causa.

À espera de sua primeira filha ao lado da esposa, que tem nascimento previsto para daqui a um mês, Gregory Rodrigues, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), admitiu que antecipou sua volta aos octógonos para este sábado, depois de atuar pela última vez em junho, já de olho em estar disponível para ajudar e curtir os primeiros momentos da paternidade.

Por se tratar de uma experiência nova em sua vida, o lutador evitou fazer projeções sobre o período que deve ficar fora de combate enquanto curte a chegada da pequena Serena ao mundo, mas indicou que o combate contra Chidi Njokuani no UFC Vegas 60 deve ser o último da temporada para ele, deixando sua volta ao octógono apenas para o próximo ano.

“É algo que vai ser novo para mim, nosso primeiro bebê, meu e da Jéssica. Meus amigos já estão me assustando: ‘Meu irmão, aproveita para dormir agora porque você não vai conseguir dormir depois’. Eu vou lutar agora, aí acredito que posso tirar o resto do ano para ver como vai ser, ver essa experiência. Então, eu não posso falar muito porque eu não sei como vai ser a experiência. Mas na minha cabeça eu acho que essa vai ser a última luta desse ano. E talvez eu volte no próximo ano. Mas tudo pode acontecer”, afirmou ‘Robocop’.

Com o nascimento tão próximo, ‘Robocop’, que mora na Flórida (EUA), brinca que antes de viajar para Las Vegas teve uma ‘conversa’ com a filha, na qual pediu para que ela esperasse por sua volta e não antecipasse sua chegada ao mundo. A esposa também recebeu instruções específicas de não acompanhar a luta do peso-médio, para evitar grandes emoções que possam induzi-la ao parto. Tudo isso para que Gregory consiga voltar a tempo e acompanhar o nascimento da pequena Serena, nome que inclusive faz alusão à grande multicampeã no tênis.

“Minha filha está prevista (para nascer) no dia 17 de outubro. Mas eu saí de casa já falando com ela: ‘Tu espera aí na barriga da tua mãe. Não venha me fazer surpresa’. Mas está (previsto o nascimento) para 17 de outubro. Pode ser que venha antes, agora está na 35ª semana, então pode ser a qualquer momento. Já falei para minha esposa: ‘Jéssica, não assiste a luta. Não vai ter muita emoção, para essa menina segurar na sua barriga’. Ela não gosta de assistir mesmo”, brincou Gregory, que explicou a escolha pelo nome da filha, admitindo inspiração na tenista Serena Williams.

“Serena. Sou fã das irmãs Williams. Assisti o filme delas. Não vou falar que é muito bem uma homenagem, mas é um nome que eu sempre gostei. Quando eu era moleque, jogava vídeo game de tênis e eu sempre gostei de jogar com as irmãs Williams. E depois do filme que eu vi, eu falei: ‘Cara, Serena é um bom nome’. Em uma entrevista dela, uma repórter perguntou: ‘Serena, você está surpresa com o nível que você alcançou?’. E ela falou: ‘Eu sou apenas Serena. I’m just Serena’. Então, eu falei: ‘Esse é o nome’. Vem de serenidade também, acredito que meu bebê vai ser muito tranquilo”, explicou.

Ex-campeão do evento ‘LFA’, Gregory ‘Robocop’ estreou no UFC em junho do ano passado e, desde então, venceu três de seus quatro compromissos no octógono mais famoso do mundo. Sua única derrota neste período veio diante de Armen Petrosyan, em controversa decisão dividida dos juízes, em fevereiro deste ano. Neste sábado, o brasileiro terá pela frente Chidi Njokuani, um experiente adversário que chega embalado por duas vitórias por nocaute consecutivas no Ultimate.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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