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Polyana Viana credita experiência por ‘virada de chave’ no UFC: “Era uma amadora”

Depois de um início de trajetória no UFC preocupante, com mais derrotas do que vitórias, Polyana Viana deu a volta por cima e hoje vive sua melhor fase na organização, ostentando uma boa sequência de resultados, com três triunfos e apenas um revés nos últimos quatro compromissos no octógono mais famoso do mundo. A mudança de cenário, de acordo com a própria lutadora, pode ser explicada de forma, até certo ponto, simples.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), Polyana citou o amadurecimento como lutadora dentro da companhia como o fator fundamental na ‘virada de chave’ dentro do UFC. Mesmo chegando credenciada pelo título peso-palha (52 kg) do Jungle Fight, a atleta entende que lhe faltava experiência no seu começo pelo Ultimate. Depois da mudança para a equipe ‘Chute Boxe Diego Lima’ e o ganho de ‘quilometragem’ dentro do octógono mais famoso do mundo, este cenário parece ter sido deixado para trás pela ‘Dama de Ferro’.

“Hoje em dia eu me sinto muito mais experiente. Quando eu entrei no UFC, eu era uma amadora, de verdade. Eu era uma amadora porque eu nunca fiz uma luta amadora na minha vida. Então, eu fui aprendendo literalmente dentro do UFC. Aprendendo com derrotas. Mas, hoje em dia, treinando na Chute Boxe principalmente, eu evoluí muito. Hoje em dia, eu enfrento qualquer uma, não tenho mais medo. Antigamente eu sempre falava: ‘Não quero lutar com a Rose (Namajunas), Deus me livre! Não quero lutar com a (Jéssica) Bate-Estaca, nossa senhora!’. Juro, eu tinha medo. Hoje em dia, eu não tenho medo de mais ninguém, eu enfrento qualquer uma”, explicou a paraense.

Experiência em jogo no UFC Vegas 78

O ‘fator experiência’, inclusive, pode ser colocado em jogo no card principal do UFC Vegas 78. No evento, Polyana Viana enfrentará a compatriota Iasmin Lucindo, dez anos mais jovem e com bem menos lutas no Ultimate. Apesar de evitar julgar a rival pelo aspecto da diferença de idade, a paraense torce para que sua maior bagagem na organização seja um diferencial no combate deste sábado (12).

“Eu espero que pese. Não vou julgar muito pela idade porque é uma coisa que nunca passou pela minha cabeça quando eu vou lutar com alguém: ‘Nossa, essa pessoa é mais nova que eu ou essa pessoa é mais velha que eu, vai me dar certa vantagem’. Mas já o fator experiência de estar no UFC pode pesar um pouquinho, porque isso pesava para mim quando eu ia lutar com uma menina mais experiente aqui dentro. Eu ficava mais nervosa. Querendo ou não, com o tempo, a gente vai acostumando. Nunca acostuma 100%, nervosismo sempre vai ter, se não tiver está morto. Mas a gente vai acostumando mais, e acho que isso pode pesar um pouquinho. Espero que pese (risos)”, ponderou a Dama de Ferro.

Aos 31 anos de idade, Polyana Viana possui 18 lutas profissionais no MMA (13-5), oito delas pelo UFC. Na organização, a paraense conquistou uma vitória e três derrotas em suas primeiras apresentações e se recuperou com três triunfos e apenas um revés nos últimos quatro combates.

Já Iasmin Lucindo, apesar de ter apenas 21 anos, já soma 19 lutas no MMA profissional, uma a mais do que a sua adversária neste sábado, e ostenta um cartel de 14 triunfos e cinco reveses. Por outro lado, no UFC, a cearense possui apenas dois combates disputados – uma derrota em sua estreia pela organização e uma vitória na sua mais recente apresentação, em abril deste ano.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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