Alexandre Pantoja tem um pedido de Natal a fazer. Depois de vencer Brandon Royval e manter seu cinturão peso-mosca (57 kg) no UFC 296, disputado no sábado (16), o campeão mira uma defesa de título no seu país, de preferência na sua cidade natal, o Rio de Janeiro (RJ).
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), Pantoja manifestou o desejo de, em sua próxima defesa de título, atuar diante de seus conterrâneos. Ciente da intenção do UFC de promover uma nova edição no Rio de Janeiro em maio de 2024, como apontam os rumores, o carioca radicado nos Estados Unidos deixou claro que pretende pleitear uma vaga no card diretamente com Dana White, o presidente da companhia.
“Eu tenho um pedido de Natal. Eu quero ir para o Brasil defender esse cinturão. Quero ir para o Rio de Janeiro, para a minha cidade. Eu quero dar esse gosto para o povo brasileiro, quero pisar na arena com a arena toda (torcendo) para mim, quero lutar na minha cidade. Eu nunca lutei no Brasil pelo UFC. Quero ir para o Rio de Janeiro, levar meu mestre Helbert Reis, o cara que me formou, de Arraial do Cabo, quero levá-lo na arena comigo. Vou pedir para o Dana White essa luta no Rio de Janeiro. Se eu puder ter algum poder, alguma carta na manga, eu quero ser atendido”, afirmou Pantoja.
Recado de campeão
O desejo de atuar no Brasil vai muito além de um mero capricho de um lutador, e tem a ver com um dos objetivos de Alexandre para aproveitar ao máximo o seu reinado na divisão dos moscas do UFC: se tornar um ídolo no seu país. Com seu estilo próprio, o carioca se afasta do modelo apelativo que busca declarações bombásticas ou polêmicas, e aposta em um discurso sereno de exaltação aos bons exemplos – sem deixar que isso afete sua competitividade dentro do octógono.
“Não importa contra quem. Vai ser o Brasil todo contra o cara. Deixar um pedido de Natal para todo mundo: continue com sua família, olhe pela sua família. A coisa mais importante da vida é a gente cuidar dos nossos filhos, das nossas crianças. Beije seus filhos, beije seus pais, suas mães. Vamos olhar para dentro de casa, que é a coisa mais importante que a gente tem na nossa vida está dentro da nossa casa”, concluiu o campeão.
Aos 33 anos de idade, Alexandre Pantoja vive seu melhor momento da carreira. O brasileiro – dono de um cartel com 27 vitórias e cinco derrotas – conquistou o cinturão peso-mosca do UFC em julho deste ano, ao superar o então campeão Brandon Moreno, no que marcou sua terceira vitória sobre o mexicano. No sábado, foi a vez do americano Brandon Royval sofrer sua segunda derrota para o carioca, que defendeu seu título pela primeira vez.