No último dia 12 de novembro, Patrício ‘Pitbull’ somou mais um triunfo na carreira dentro do cage do Bellator. Pelas quartas-de-final do GP do peso-pena (66 kg), o brasileiro nocauteou Pedro Carvalho e avançou para a fase seguinte, quando agora encara Emmanuel Sanchez, ainda sem data definida para acontecer. Mas apesar de ser um dos lutadores mais dominantes da organização, o potiguar teve que lidar com desconfianças.
Antes do seu último compromisso, o nome do português foi alçado à posição de grande desafio para colocar fim ao reinado de Patrício. Mas o que se viu foi mais uma atuação soberana do campeã, com um nocaute logo no round inicial. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, questionado sobre esse tipo de pressão que o acompanhar na carreira, o lutador foi direto e agora adiantou que vê mais valorização do seu trabalho.
“Todo mundo me subestima e quando provo que estão errados aí dizem que o cara era fraco. É uma mudança rápida (risos). Estou focado no meu. Parei de pensar em ranking e o que os fãs casuais estão pensando. O reconhecimento agora parece que veio. Mas bato nessa tecla faz anos. Estou lutando em alto rendimento faz anos. Perdi alguns combates, mas tenho dez anos de Bellator. Mas é difícil algum lutador se manter no auge há tanto tempo assim”, disse o campeão do Bellator, antes de completar seu raciocínio.
“Outra coisa é que eu me coloco em situação de risco. Eu não precisaria entrar no GP e entrei. Tem vários caras novos lá que pode me trazer guerras. Se eu quero mostrar que sou o melhor, tenho que entrar nesse GP e não posso ficar de fora. Quero entrar no meio e bagunçar todos eles”, concluiu o atleta que não perde há mais de quatro anos.
Único lutador da atualidade na organização a possuir dois cinturões, de maneira simultânea, na organização, ‘Pitbull’ mira mais feitos históricos. Atualmente com 33 anos, o brasileiro sabe que está na reta final de carreira, mas nada que impeça a sua motivação. De acordo com o atleta, sua meta é deixar recordes no Bellator.
“Quero reformular o que fiz no Bellator. Eu bati em três gerações. Devo estar na quarta ou quinta. Quero limpar de novo. Subir, defender o peso-leve e se tiver tempo, lutar pelo peso-galo também. Mas não sei se vou ter tempo por causa da pandemia. Quero bater recordes para deixar bem distante e ninguém conseguir quebrar”, adiantou.
Para manter seus planos e seguir como campeão duplo, Patrício agora vai ter um velho conhecido pela frente: Emmanuel Sanchez. Os dois se enfrentaram em novembro de 2018, com triunfo do brasileiro por decisão unânime. Apesar de mais de dois anos de diferença, o potiguar afirmou que não espera nada de diferente do rival para superá-lo e chegar na decisão do torneio, para encarar AJ McKee, já garantido na final.
“Apesar de já ter enfrentado ele, cada luta é um capítulo diferente e muitas coisas podem acontecer. Ele lutou agora, parecia que estava mais a vontade, bem dinâmico. Apesar dele não ter punch, ele é um cara que aguenta muita pancada e não cansa. Ele é mais um que já enfrentei. Vi a luta dele agora e ele não trouxe nada de diferente e vou querer acabar a luta agora. Nocautear mais rápido. Quero passar bem para a final”, explicou.
No MMA profissional desde 2004, Patrício ‘Pitbull’ chegou no Bellator em 2010 e ganhou destaque mundial. Na organização, o brasileiro soma 19 vitórias e quatro derrotas. Além disso, ele é o dono dos cinturões dopeso-pena e peso-leve (70 kg) da franquia.