Norma Dumont está em franca ascensão no MMA e visa dar continuidade ao bom momento na carreira no UFC 274. No evento que acontece neste sábado (7), no Arizona (EUA), a brasileira enfrenta Macy Chiasson pelo peso-pena (66 kg) e, em caso de nova vitória, já projeta a possibilidade de disputar o título da categoria.
Como a divisão não possui um plantel vasto, Norma, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), afirma que se sente apta para ser campeã do peso-pena. Vale destacar que a brasileira está embalada por três triunfos seguidos diante de Ashlee Evans-Smith, Felicia Spencer e Aspen Ladd.
Caso vença Chiasson, a atleta vai confirmar sua posição de ameaça ao reinado de Amanda Nunes, que está focada em recuperar o título do peso-galo (61kg). Disposta a assumir o trono do peso-pena, ‘The Immortal’ já tem a adversária perfeita para uma possível disputa de cinturão interino, se a ‘Leoa’ vencer Julianna Peña na revanche e forçar a realização da trilogia com a rival.
“Planejo vencer de forma convincente, porque sei que só vencer não é suficiente para tentar o ‘title-shot’. A Amanda está focada nos galos, não sei se ela vai voltar para os penas, mas se ela não voltar e o UFC mandar eu descer definitivamente, porque também quero a chance pelo título, nem que seja pelos penas ou então o UFC planeja alguém para a gente disputar o título interino. A Pennington é um nome interessante, porque já venceu a Macy nos penas também. É isso, fica na mão do UFC, mas, se depois dessa luta eles não derem uma possibilidade de cinturão nem nada, vou começar a conversar e pedir, porque preciso me colocar em uma posição de título”, declarou a lutadora.
Mas, para se aproximar da disputa pelo título do peso-pena do UFC, Norma tem que passar por Chiasson no duelo deste sábado. E, apesar da confiança por viver a melhor fase da carreira, a brasileira prega respeito ao analisar a oponente. Como no MMA atual nem sempre o lutador com maior habilidade vence no octógono e sim o profissional mais preparado, a mineira ressalta a importância de se apresentar bem fisicamente para não ser surpreendida no confronto que pode mudar seu patamar no esporte.
“2021 foi um ano muito bom, de aprendizado e evolução. Agora, em 2022, pretendo soltar o jogo no octógono, essa confiança por enfrentar atletas duras. Estou vindo para ser o problema das mulheres. Já peguei problemas e agora quero ser o problema delas. Tecnicamente, acho que sou melhor que a Macy em todas as áreas, porém tenho que vencer a barreira da altura, envergadura. Ela não é tão técnica, mas é uma atleta difícil, chata de enfrentar, grande, que controla bem a distância. Tenho que impor o jogo e estar com gás para fazer isso, que é o principal. Ter gás para botar pressão nos três rounds”, concluiu.