Siga-nos

Entrevistas

Mackenzie Dern destaca lado positivo do camp de preparação mais curto para o UFC 298

Após sofrer sua primeira derrota por nocaute na carreira, em novembro do ano passado, Mackenzie Dern volta ao octógono neste sábado (17), em busca de recuperação, contra a compatriota Amanda Lemos, no card do UFC 298, na Califórnia (EUA). Apesar do curto período de descanso entre as lutas e de ter aceitado o combate contra a paraense de última hora, substituindo Tatiana Suarez, a faixa-preta de jiu-jitsu encara o desafio com bons olhos.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), a brasileira admitiu que não esperava ser convocada pelo UFC para um novo compromisso tão cedo e que, inclusive, chegou a questionar o curto período de preparação que teria para encarar Lemos. Porém, de acordo com Mackenzie, os pontos positivos de voltar rapidamente a atuar, especialmente contra Amanda, sobressaíram sobre os negativos na hora de tomar a decisão.

“Ano Novo, Natal. Eu estava meio relaxada (risos). Então, quando eu recebi (a oferta da luta), eu falei: ‘Caraca, Amanda Lemos… Imagina, duas derrotas seguidas’. Mas aí eu pensei em tudo e falei: ‘Não tem como negar essa oportunidade’. Está todo mundo louco para lutar. Aqui na Califórnia, dez minutos da minha casa. Contra uma menina com estilo parecido (ao da minha última rival). O que eu tenho que corrigir é pouca coisa. Então, eu só foquei”, contou Mackenzie.

Menos tempo, mais foco

O pouco tempo de preparação, que no início levantou algumas dúvidas na lutadora, parece ter benéfico no final das contas. Sem tempo para se preocupar com tantos detalhes, a “perfeccionista” Mackenzie Dern focou seus esforços em áreas específicas que precisava corrigir e evoluir, tendo assim um resultado mais satisfatório do que em camps de treinamento mais longos, na opinião da própria atleta.

“Até foi bom, porque eu sou uma pessoa que pensa demais nos meus treinos, eu sou perfeccionista, estou sempre duvidando se tem que estar melhor. E quatro semanas não tem tempo para você pensar demais. Só vai. Acho que me colocou em uma posição um pouco mais madura, experiente, sobre como enfrentar cada luta, o camp de treinamento. E estou feliz, porque em quatro semanas eu consegui treinar mais do que que consegui em dois meses de camp contra a Jéssica (Bate-Estaca). Tenho certeza que, ganhando ou perdendo, a luta vai ser boa. Sei que vou dar o meu melhor, eu sei que eu dei o meu melhor no camp. Vai ser top. Eu estou louca para morrer ou matar (risos)”, finalizou.

Sétima colocada no ranking peso-palha do Ultimate, Mackenzie Dern mira voltar ao caminho das vitórias e reiniciar uma corrida rumo ao topo da categoria, de olho no objetivo de futuramente disputar o cinturão até 52 kg da liga. Depois de um início promissor no UFC, a faixa-preta vive um momento de instabilidade, intercalando vitórias e derrotas nas suas últimas cinco lutas. Na mais recente, a americana que representa o Brasil foi nocauteada por Jéssica Bate-Estaca na edição 295, em novembro.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

Mais em Entrevistas