Depois de perder sua invencibilidade no Ultimate em sua última apresentação, após cerca de oito anos na companhia, Léo Santos volta ao octógono mais famoso do mundo para buscar retomar o caminho dos triunfos. Neste sábado (4), o brasileiro enfrenta o experiente Clay Guida, no UFC Vegas 44, em duelo válido pelo peso-leve (70 kg).
O confronto entre Léo e Guida marca um encontro entre dois veteranos das artes marciais. Enquanto o brasileiro tem 41 anos, o americano é dois anos mais novo, mas com um currículo de 31 combates pelo Ultimate. Dessa maneira, o faixa-preta de jiu-jitsu, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, destacou que finalmente recebeu a chance que tanto pediu à companhia e adiantou o que espera da luta.
“Estou feliz demais de poder dividir o octógono com ele. Ele é muito experiente, grande nome no UFC. Uma vitória é sempre boa, mas ganhar do Clay Guida vai ter um peso a mais. A gente sempre pedia um cara ranqueado e um com nome e nunca me deram, mas agora estão dando. Antes tarde do que nunca (risos)”, disse Santos, antes de completar.
“Ele é bem imprevisível, faz um pouco de tudo, agarra, derruba, troca muito também. Mas espero que na hora da luta agarrada meu diferencial seja esse. Eu acho que ele vai em pressionar na grade, ganhar uns pontos. Acho que o plano dele vai ser esse”, concluiu.
Embora seja um membro da ‘velha guarda’ do MMA, Leonardo Santos não pretende pendurar as luvas tão cedo. Mesmo em caso de novo revés, o brasileiro descartou uma aposentadoria e garantiu que ainda tem motivação para seguir em ação na modalidade.
“Enquanto eu estiver feliz, disposto a pagar o preço (vou seguir como lutador de MMA). Acho que isso que atrapalha a galera que luta há mais tempo. São poucos que pagam (o preço), com treinos, lidar com lesão, ficar longe da família, dieta. É uma vida regrada. O dia que encher o saco, não quiser pagar mais esse preço, vou chegar para o ‘Dedé’ (Pederneiras, seu treinador) e falar que já deu e vejo o próximo passo”, explicou.
Vencedor da segunda edição do TUF Brasil, Léo Santos construiu uma trajetória invicta – ainda que com baixa frequência de combates disputados – nas primeiras sete lutas pelo Ultimate. No entanto, em março deste ano, o faixa-preta de jiu-jitsu sofreu sua primeira derrota na organização, ao ser nocauteado pelo americano Grant Dawson.