Neste sábado (21), no Brasil, Johnny Walker tem um compromisso importante nos meio-pesados (93 kg) do UFC. Na edição de número 283, o carioca enfrenta Paul Craig e, em caso de vitória, deve integrar o top-10 da categoria. Para parte da comunidade do MMA, o choque entre os lutadores coloca um striker contra um grappler, mas, de acordo com o atleta, o duelo não é tão simples de ser definido.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), Walker indica que é justo Craig ser apontado como grappler, uma vez que é especialista em jiu-jitsu e possui resultados expressivos na luta agarrada. No entanto, o brasileiro afirmou ser superior no departamento do striking e garantiu que, além de ter alto nível na trocação, também possui um grappling lapidado. É bem verdade que o carioca possui apenas três vitórias por finalização na carreira, mas afirma que não deve em nada ao adversário no setor, que é o segundo maior finalizador da historia dos meio-pesados do UFC e ostenta um impressionante registro de 16 triunfos no MMA, sendo 13 por finalização.
“Não concordo. Muita gente acha que sou só da trocação, mas treino jiu-jitsu desde quando comecei. Será um confronto de um lutador completo contra um do jiu-jitsu. Se sobrar um braço, um pescoço, levo para a casa. Eu tenho jiu-jitsu, treino, gosto”, declarou o lutador.
Apesar de ser especialista em jiu-jitsu, Craig surpreendeu ao revelar sua intenção de trocar golpes em pé com Walker, não focando no grappling. Confiante em sua melhora na trocação, o escocês frisa que, mesmo não sendo oriundo do setor, reúne qualidade e poder para nocautear o oponente em seu país natal. Contudo, Johnny, ao que parece, não leva a sério a estratégia do atleta. O brasileiro indicou que ‘Bearjew’ não seria inteligente de ignorar seu ponto forte, uma vez que não possui desenvoltura com socos e chutes, ainda mais contra um lutador tão criativo, explosivo e poderoso como ele. Tanto que o carioca ressalta aposta que é o adversário que vai cair no octógono.
“Eu acho que isso é papo para entrar na minha mente. Se ele quer se testar na trocação, é mais arriscado ele testar no striking comigo do que eu me testar no jiu-jitsu com ele. Meu striking é muito superior ao dele. Só quero ser um cara mais completo e botar para quebrar todo mundo, subir no ranking e ser campeão”, concluiu.
Johnny Walker, de 30 anos, ainda busca se firmar no UFC. Na empresa desde 2018, o brasileiro disputou nove lutas, venceu cinco, sendo todas pela via rápida (quatro por nocaute e uma por finalização) e perdeu quatro vezes. Atualmente, o atleta é o 12º colocado no ranking dos meio-pesados da organização. Seus principais triunfos foram sobre Ion Cutelaba, Khalil Rountree Jr., Misha Cirkunov e Ryan Spann.