Embalado por duas vitórias seguidas, Johnny Walker volta ao octógono mais famoso do mundo neste sábado (13), no co-main event do UFC Charlotte. O desafio da vez será contra o veterano lutador americano Anthony Smith, ex-desafiante ao cinturão dos meio-pesados (93 kg) e dono de um cartel com mais de 50 lutas como profissional. Mas para o brasileiro, a vasta experiência do rival pode ser um trunfo ou uma maldição.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), Johnny Walker reconheceu os benefícios da longa lista de grandes adversários já enfrentados pelo seu rival de sábado, mas também apontou para um possível efeito colateral das diversas batalhas travadas por Smith no octógono do UFC. Para o brasileiro, os danos sofridos pelo americano ao longo dos anos já começaram a cobrar o seu preço.
“Ele é um atleta de alto nível. Já lutou com Jon Jones, lutou com todos os nomes grandes da categoria, uns caras duríssimos. Isso é bom e é ruim. É bom que te dá experiência se você sai vitorioso, sem se machucar muito, e é ruim porque você pega dano no seu corpo. Como ele não saiu vitorioso de todas as lutas e teve várias batalhas, ele está um pouco cansado no corpo também. (…) A gente é ser humano. Se você passar por muitas batalhas, você acaba queimando um pouco a sua saúde. Ele é um lutador perigoso, mas a carcaça dele já está um pouco avariada“, afirmou o meio-pesado.
Tema preocupa o próprio lutador brasileiro
O desgaste provocado no corpo dos lutadores profissionais de MMA, o qual Johnny acredita já ter afetado Anthony Smith, também é motivo de preocupação para o brasileiro. Ciente dos perigos da modalidade, o atleta da ‘SBG Ireland’ deixa claro que no seu planejamento de carreira, além de títulos e retorno financeiro, também faz parte a ideia de pendurar as luvas antes de ter sua saúde prejudicada.
“Agora é só vitória, se Deus quiser, e me aposentar o mais rápido possível quando eu pegar o cinturão, fizer meu nome, fizer o que tiver que fazer, juntar um dinheiro, investir o dinheiro certo para não ter que ficar voltando depois da aposentadoria para fazer mais dinheiro. Porque lutar é um esporte muito arriscado. O MMA é muito bruto para a sua saúde“, explicou.
Em busca do top 5 dos meio-pesados do UFC
Com duas vitórias consecutivas, Johnny Walker – número 7 no ranking dos meio-pesados do Ultimate – chega para o confronto contra Anthony Smith, na luta co-principal do UFC Charlotte, com a expectativa de alcançar o top 5 da divisão até 93 kg. Isso porque o americano, de 34 anos e 53 lutas profissionais de MMA no currículo, ocupa atualmente a quinta colocação na classificação da categoria.