Após mais de um mês de sua última luta no UFC, Johnny Walker deixou o silêncio de lado e abriu o jogo sobre o confronto com Thiago ‘Marreta’, no qual acabou derrotado por decisão unânime dos jurados após um embate bastante estudado por ambas as partes. No entanto, a expectativa dos fãs era alta justamente pelo fato dos atletas possuírem estilos agressivos que garantiram diversos nocautes em suas carreiras.
Por isso, logo após o término do confronto, parte do público disparou críticas em direção aos lutadores, o que desagradou a ambos. Johnny, que passou um período de férias no Brasil, já está de volta a Irlanda, de onde atendeu a reportagem reportagem da Ag. Fight (clique aqui) e analisou o seu desempenho, além de destacar o aprendizado que tirou do duelo.
“Gostei da luta, com pontos positivos e negativos. De positivo eu vi que luto cinco rounds tranquilo, até mais, não cansei, movimentei bastante. Peguei umas porradas que outros lutadores seriam nocauteados, como um overhand no queixo, chute na costela e não senti nada, tanto que ele nem teve chance de me nocautear. De negativo eu estava esperando ele fazer um jogo, que ele costumava fazer de dar muito cruzado, ser mais agressivo, porque sabe se entrar uma mão minha poderia ser nocauteado”, afirmou.
Outro fator deste confronto que Walker vai levar como lição para a sua sequência de carreira no Ultimate é em relação a estratégia de luta. De acordo com o atual número dez do ranking da categoria, ele acabou se surpreendendo com a mudança de estilo de ‘Marreta’.
“Ele trocou o jogo dele, então me quebrou. Isso é um aprendizado também. Tem que ir com uma estratégia, mas se não ter, tem que ter outro plano na cabeça. Poderia ter colocado ele para baixo, encurtado a distância, mas foi uma experiência boa. Mas fiz cinco rounds com um cara que meteu a porrada no Jon Jones. Isso mostrou que meu nível está aumentando. Só preciso de algumas coisas para corrigir, como me arriscar mais. Com certeza minha próxima vou fazer uma apresentação melhor”, explicou Johnny.
Além das críticas que recebeu de parte do público, Johnny Walker também teve que lidar com uma declaração de Jan Blachowicz. Na ocasião, o polonês, que ainda era o detentor do título da divisão, relembrou o início de trajetória do brasileiro no Ultimate e insinuou que aconteceu algo com o carioca para ele mudar sua maneira de lutar.
“Não mudei meu estilo. Os caras que estou lutando agora são melhores, então é mais difícil de nocauteá-los. Eu sou o mesmo Johnny Walker de sempre e, se tiver uma chance, vou para o nocaute mesmo. Tenho poder de nocaute, tenho tudo para acabar com eles, mas os rivais vão se defender de maneira mais efetiva”, concluiu o lutador.
Johnny Walker, de 29 anos, iniciou sua trajetória no UFC em 2018 e causou impacto ao aplicar nocautes relâmpagos em suas três primeiras lutas. Contudo, o carioca perdeu o ‘hype’ ao ser derrotado por Corey Anderson e Nikita Krylov. O atleta voltou ao caminho das vitórias contra Ryan Spann, em 2020, mas, em sua recente aparição, parou em Thiago ‘Marreta’. No MMA profissional, o competidor possui 18 triunfos e seis reveses.