Entrevistas
Jhonata Diniz exalta evolução apresentada no UFC 317 após parceria com Malhadinho
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Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)
Antes de entrar em ação no UFC 317 do último sábado (28), Jhonata Diniz prometeu apresentar uma nova versão de si dentro do octógono montado na ‘T-Mobile Arena’, em Las Vegas (EUA). E, de certa forma, a missão do brasileiro foi cumprida – logo na luta de abertura do card numerado. Afinal de contas, diante de Alvin Hines, o peso-pesado paranaense mostrou, além da expertise de costume na trocação, uma evolução considerável na luta agarrada. E isso, segundo o próprio, é fruto de um intercâmbio realizado e aprovado com a equipe ‘Galpão da Luta’.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight após o triunfo via decisão unânime contra o americano, Jhonata exaltou o trabalho de defesa de quedas promovido junto à equipe baiana – que tem em Jailton Almeida seu principal expoente. Desta forma, os treinos diários ao lado de ‘Malhadinho’, especialista de grappling, fizeram com que Diniz voltasse à coluna das vitórias no UFC e competisse de forma mais confiante, sem tanto receio de ser ameaçado na luta de solo.
“Mostrei para todo mundo que estou pronto para lutar contra qualquer tipo de adversário. Fiz as defesas de queda muito bem hoje. Fiz os ‘levantamentos’, das vezes que ele conseguiu me derrubar no primeiro round. Consegui levantar de novo, mostrar que estou evoluindo a cada luta e trazendo uma versão melhor a cada vez (…) Bahia é murro na cabeça, amasso no chão e defesa de quedas também (risos). Estou muito feliz com minha evolução nesse setor, mostra que essa parceria que fiz com a galera do ‘Galpão da Luta’ e com Malhadinho vem funcionando e me ajudando muito. Tem me dado muito mais confiança”, celebrou o striker.
Rival duro na queda
Com uma evolução na defesa de quedas e na luta agarrada, Jhonata conseguiu se manter de pé na maior parte do confronto. E, como esperado, o ex-kickboxer do GLORY imprimiu seu estilo agressivo e castigou Hines, sobretudo nos dois assaltos iniciais. Do outro lado do octógono, porém, estava um oponente duro na queda. Até então invicto no MMA profissional, o americano resistiu aos ataques e conseguiu sobreviver durante os 15 minutos. Apesar da bravura, Alvin não evitou a derrota.
“Quase arranquei meu pé nas coxas daquele jaguar lá (risos). C***. Coloquei a mão esquerda na cabeça dura dele. Machuquei o pé chutando ele bastante, também. A movimentação estava em dia. Mas ‘bá’, o bicho é duro, hein. Pelo amor de Deus (…) Como peguei essa luta muito em cima da hora, a ideia era fazer uma luta segura. Senti que ele estava balançando em alguns momentos, principalmente no primeiro e segundo round. Só que não podia entrar de qualquer jeito para acabar com a luta, porque sabia que na primeira oportunidade que ele tivesse, tentaria colocar a luta para baixo. O mais importante, hoje, era a vitória”, frisou o brasileiro.
Também durante a entrevista, Diniz revelou que recebeu um gancho prévio de 30 dias – que podem ser estendidos a depender da gravidade ou não dos ferimentos de sua mais recente luta. Apesar dos inchaços e arranhões, o striker brasileiro se mostrou motivado a voltar a competir o quanto antes e até citou Sergei Pavlovich como um alvo futuro. Antes de se testar contra o russo, atual número 3 do mundo, Jhonata primeiro precisa adentrar no ranking da categoria. E mais um triunfo em grande estilo pode, de fato, colocá-lo dentro do top 15.
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Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.
