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Jéssica Bate-Estaca promete foco no peso-palha e palpita sobre Weili vs Lemos

Ex-campeã peso-palha (52 kg), Jéssica ‘Bate-Estaca’ Andrade tem flutuado entre a divisão até 52 kg e o peso-mosca nos últimos tempos. Mas, ao que tudo indica, a paranaense tem planos de mudar esse cenário nos seus próximos compromissos pelo UFC.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), Jéssica afirmou que pretende “fincar raízes” na categoria que a consagrou para buscar uma nova chance de disputar mais uma vez o cinturão peso-palha do Ultimate. E, aparentemente, esta ideia já foi colocada em prática. Neste sábado (5), a ex-campeã encara Tatiana Suarez no co-main event do UFC Nashville, seu segundo compromisso consecutivo na divisão até 52 kg.

“Eu quero muito continuar nessa categoria, no 52 (kg). Eu quero realmente fincar as minhas raízes aqui para eu ter oportunidade de disputar o cinturão ano que vem. E para isso acontecer, eu tenho que fazer mais lutas dentro da categoria de 52 kg, tenho que ter mais vitórias. E eu acho que é a minha categoria, é o que eu quero para agora”, afirmou Bate-Estaca.

De olho na próxima disputa de título

O objetivo de recuperar o cinturão peso-palha do UFC no futuro parece, de fato, ser o principal na lista de prioridades da lutadora brasileira. Tanto que a atleta da equipe ‘PRVT’ estará de olho na próxima disputa de título da categoria, marcada para o dia 19 de agosto, entre a atual campeã Zhang Weili e a desafiante Amanda Lemos, duas rivais que Bate-Estaca já enfrentou no passado.

“É uma luta difícil de analisar, por mais que eu tenha lutado com as duas. A Weili é uma lutadora muito versátil, muito rápida, vem melhorando a parte de jiu-jitsu e de wrestling dela, que é uma das falhas que a Lemos tem. A Lemos não tem um jiu-jitsu tão bom – pelo menos ela não colocou isso tão em prática dentro do UFC. Mas dentro da trocação, a Amanda é muito forte, muito forte mesmo – estamos falando de força, de pujança. Ela bate doído mesmo, viu (risos). Quando eu lutei com ela, o chute e o soco, eu falei: ‘Meu Deus do céu’. Parecia o meu”, analisou Jéssica, antes de dar seu palpite para a disputa.

“Acredito que se a luta durar os cinco rounds, a Weili continua com o cinturão. Mas se essa luta não for até os cinco rounds, provavelmente vai ser nocaute da Amanda Lemos entre o segundo e o terceiro round. Se ela conseguir encontrar o tempo e achar bons golpes contra a Weili, provavelmente ela vença essa luta por nocaute”, apostou a ex-campeã.

Recorde à vista

Desde que entrou no UFC, em 2013, Jéssica Andrade nunca fez mais de três lutas em um ano. Neste sábado, ao subir no octógono para encarar Tatiana Suarez, Bate-Estaca quebrará sua própria marca ao competir, ainda em agosto, no seu quarto combate nesta temporada de 2023. Nos três compromissos anteriores, a paranaense venceu Lauren Murphy em janeiro, e perdeu para Erin Blanchfield e Yan Xiaonan, respectivamente, em fevereiro e maio.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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