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Entrevistas

Jéssica Bate-Estaca detalha negociação relâmpago para competir no UFC Vegas 69

Com duas lutas em menos de um mês de intervalo, a temporada de 2023 começou agitada para Jéssica ‘Bate-Estaca’. Após brilhar no UFC Rio e derrotar Lauren Murphy no dia 21 de janeiro, a brasileira aceitou liderar o card da companhia deste sábado (18), com sede em Las Vegas (EUA), ao substituir sua compatriota, Taila Santos, que deixou o show por questões pessoais. À reportagem da Ag Fight, a ex-campeã peso-palha (52 kg) revelou os detalhes da negociação relâmpago.

Jéssica relembrou que lhe foi oferecida a oportunidade de enfrentar Erin Blanchfield no lugar de Taila na última sexta-feira. Com cerca de uma semana até o combate, a própria atleta da ‘PRVT’ admitiu que não houve tempo hábil para se aprimorar de forma completa para o confronto diante da jovem americana. No entanto, a brasileira garante estar em forma para o duelo.

“Não teve tempo para pensar, tempo para treinar, não teve tempo para nada (risos). Mas, como eu já vinha do meu camp (do UFC Rio), não parei 100%, estava lá na minha cidade, mas fazendo treinos de jiu-jitsu e muay thai. Então o corpo não desativou. Na sexta-feira o mestre me deu a notícia de que a luta da Taila não aconteceria, se eu gostaria de substituí-la. Respondi: ‘Mestre, você sabe que para mim não existe tempo ruim, se você falar que a gente vai, eu vou’. E no sábado de madrugada a gente recebeu um comunicado do Ali, meu empresário, dizendo que a luta tinha sido fechada, para fazer as malas que a gente já estava voltando para Las Vegas”, detalhou.

Sua adversária, Erin Blanchfield, de apenas 23 anos, é apontada como uma das revelações da categoria dos pesos-moscas (57 kg). Invicta no UFC com quatro triunfos até então, a americana vem de uma performance dominante sobre Molly McCann, em novembro de 2022, quando finalizou a rival inglesa com uma kimura ainda no primeiro assalto. Ciente das credenciais de ‘Cold Blooded’, Jéssica já esboça uma estratégia para o confronto.

“O segredo da vitória é não deixar (a decisão) para os juízes, sempre buscar um nocaute ou uma finalização. Quero muito conseguir nocautear, faltou isso na minha última luta. Acho que se eu der um pouco mais de ênfase, eu consigo nocautear. E a maior estratégia dessa luta é não cair por baixo, porque sei que o jiu-jitsu dela é muito bom e ela pesa muito bem por cima”, destacou Bate-Estaca.

Jéssica e Blanchfield fazem a luta principal do UFC Vegas 69. Caso vença, a brasileira fará história ao se tornar a mulher com mais triunfos na história da companhia presidida por Dana White. Atualmente, a atleta da PRVT está empatada com a bicampeã Amanda Nunes na liderança do quesito, com 15 vitórias para cada. Desta forma, um resultado positivo, além de lhe aproximar de um novo ‘title shot’, significa deixar a ‘Leoa’ para trás na estatística.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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