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Entrevistas

Jaqueline Amorim se defende após ser acusada de trapacear no UFC Vegas 97

Na noite do último sábado (7), Jaqueline Amorim chegou à sua terceira vitória seguida no UFC ao finalizar Vanessa Demopoulos no card da edição ‘Vegas 97’. A forma como a brasileira conquistou o resultado positivo, no entanto, gerou polêmica, com reclamação por parte da sua adversária sobre uma suposta infração cometida pela faixa-preta de jiu-jitsu nos momentos finais da disputa. Acusação esta que a manauara garante ser improcedente.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), Jaqueline Amorim se defendeu das acusações feitas por Vanessa Demopoulos e negou que tenha usado de trapaça para vencê-la. Vale lembrar que a americana de ascendência grega alegou que a faixa-preta brasileira havia segurado por dentro de sua luva, o que é proibido por regra no Ultimate, antes de encaixar a chave de braço que acabou definindo a vitória de ‘Jaque’.

“Eu vi no telão, mas no telão dá para ver por cima. Como ela falou na entrevista, a luva mudou. Mas eu estou com a consciência tranquila. Estava segurando por cima da luva, não por dentro. Ainda não revi o vídeo, vi rapidamente, mas o juiz estava ali em cima quando ela reclamou, já na transição, e o juiz falou ‘não, não, não, continua’. E eu continuei, não ia soltar. Ela bateu, então terminou a luta”, ponderou a brasileira.

Depois de Demopoulos bater em desistência em função da finalização aplicada pela brasileira, a Comissão Atlética de Nevada – órgão responsável por regular o UFC Vegas 97 – conferiu as imagens de vídeo do lance em questão antes de confirmar o triunfo de Jaqueline. Assim, a manauara destaca que sua vitória foi justa e ressalta que agiu dentro das regras.

“É isso que importa (a vitória). O que eu sempre falo: só vou parar quando o juiz mandar. Ele não mandou parar, ele falou ‘continua’, e eu continuei. Não foi intencional (se o dedo entrou na luva), com certeza não. Tanto que quando eu senti que estava em cima da luva e ela falou que eu estava segurando (por dentro da luva), eu fiz que ‘não’ (com a cabeça) e troquei para outra pegada para ficar bem claro que eu não estava segurando. O juiz mandou continuar, a Comissão reviu, falou que estava tudo certo, eu estou com a consciência tranquila, e é isso”, concluiu.

De olho no ranking

Com o resultado de sábado, Jaqueline Amorim alcançou sua terceira vitória consecutiva no UFC passa a sonhar com uma vaga no ranking peso-palha (52 kg) da organização. Ao todo, a manauara, de 29 anos, soma nove triunfos e apenas um revés na carreira como lutadora profissional de MMA. Sua única derrota, por sinal, ocorreu na estreia da faixa-preta no Ultimate, em abril de 2023, quando foi superada por Sam Hughes.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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