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Gilbert ‘Durinho’ revela vaga aberta em seu corner para o UFC 258; entenda

No próximo dia 13 de fevereiro, Gilbert ‘Durinho’ terá a oportunidade de fazer história e se tornar o primeiro brasileiro a conquistar o cinturão dos meio-médios (77 kg) do UFC. Para atingir seu objetivo, o brasileiro terá pela frente um velho conhecido, seu ex-companheiro de equipe na ‘Sanford MMA’ e atual campeão da divisão, Kamaru Usman. Ao mesmo tempo que representa algumas possíveis vantagens, como o maior conhecimento das habilidades do seu oponente, o passado como colega de treinos do nigeriano também traz alguns obstáculos a serem superados pelo faixa-preta, como a composição de seu corner para a disputa.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, ‘Durinho’ revelou que tem tido problemas para definir as quatro pessoas que o acompanharão no seu corner durante a luta principal do UFC 258, evento que será promovido nas instalações do Apex, em Las Vegas (EUA). De acordo com o faixa-preta, dois de seus principais treinadores – Henri Hooft e Kami Barzini – optaram por não participar de seu corner, e consequentemente influenciar no desenvolvimento do confronto, por respeito a Kamaru Usman, com quem ambos trabalharam por anos.

Outra ausência já confirmada pelo brasileiro será a de Daniel Evangelista, líder da ‘Cerrado MMA’, equipe na qual ‘Durinho’ treina quando está no Brasil. Com isso, o faixa-preta conta apenas com três nomes definidos até o momento: Vicente Luque, seu companheiro de treinos, Greg Jones, treinador de wrestling, e Vágner Rocha, responsável pelo seu jiu-jitsu.

“Não, o Henri (Hooft) não vai estar no meu corner. A gente conversou bastante, eu entendo a decisão dele. (Ele) treinou o Kamaru, fez o Kamaru ser campeão, treinou o Kamaru desde o começo, me treinou desde o começo. Ele falou que respeita muito os dois e não quer nem ajudar um, nem atrapalhar o outro. Ele vai estar só assistindo a luta. Lógico (que ele tem feito parte do meu camp). Eu estou treinando com ele, normal. E a gente fica muito focado no meu jogo porque é o Kamaru. A gente não fica: ‘Olha, faz isso com ele’. Não fica muito assim, ele fica mais afiando o meu jogo. Na verdade, como a gente estava fazendo antes. Eu buscando a minha evolução, não só para essa luta”, destacou ‘Durinho’, antes de comentar sobre a composição de seu corner para o duelo pelo título.

“São quatro corners que eu posso colocar quando é main event. E eu só tenho três, por enquanto. Porque o meu outro treinador, o Kami Barzini, também era muito amigo do Kamaru e também não se sentiu à vontade de ir (para o meu corner). E o Daniel (Evangelista), que é meu corner do Brasil, o visto dele, acho que o Joe Biden negou tudo, e ele não vai conseguir renovar o visto dele. Então, o Vicente (Luque) está vindo para o meu corner, o meu coach de wrestling, o Greg Jones, vai estar no meu corner e o Vagner Rocha vai estar no meu corner também. Por enquanto eu só tenho esses três. Vamos ver se eu coloco meu irmão (Herbert Burns), coloco mais alguém ali. Mas esses três são as vozes que eu estou escutando, que eu estou treinando todo dia, que eu estou pensando em colocar ali”, concluiu.

Desde que subiu para os meio-médios, em agosto de 2019, Gilbert ‘Durinho’ venceu seus quatro compromissos na categoria, superando Alexey Kunchenko, Gunnar Nelson, Demian Maia e Tyron Woodley, respectivamente. A sequência positiva levou o brasileiro ao topo do ranking e garantiu a ele uma oportunidade de lutar pelo título da divisão, atualmente dominada pelo nigeriano Kamaru Usman, que deixou a ‘Sanford MMA’ assim que o faixa-preta foi confirmado como seu adversário.

Inicialmente escalado para encarar Usman em julho do ano passado, no UFC 251, ‘Durinho’ foi retirado do combate poucos dias antes do evento após testar positivo para COVID-19. Recuperado, o brasileiro terá finalmente sua oportunidade de conquistar o cinturão dos meio-médios no dia 13 de fevereiro, no main event da edição de número 258, em Las Vegas.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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