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Gabriella Fernandes tira lições de compatriota para estrear com o pé direito no UFC

Neste sábado (25), Gabriella Fernandes subirá no octógono mais famoso do mundo pela primeira vez, pelo card preliminar do UFC Vegas 70. A estreante terá pela frente a canadense Jasmine Jasudavicius, que vem de derrota para outra brasileira, a mineira Natália Silva, em duelo disputado no mês de junho do ano passado. E, obviamente, ‘Gabi’ busca inspiração na performance de sua compatriota para ter uma estreia com o pé direito na organização.

Além da nacionalidade, Gabriella Fernandes e Natália Silva dividem outra similaridade: as duas foram escaladas para encarar Jasudavicius em suas estreias pelo UFC. Chamada de última hora para substituir Courtney Casey como rival da canadense, a peso-mosca (57 kg) natural de Natal (RN) teve pouco mais de um mês para se preparar para este desafio, e admite que tirou boas lições do triunfo de sua compatriota sobre a canadense, uma das poucas lutas de sua oponente que conseguiu ter acesso para analisar seu estilo de jogo.

“Ela tem um acirrado de grappling, e eu já lutei com muitas meninas do grappling também. Consegui assistir algumas lutas, não todas. (Assisti) a luta do Contender (Series) e a última luta dela, contra uma brasileira (Natália Silva) também. Então, deu para dar uma estudada boa. (…) Consegui (tirar umas lições dessa luta). O contragolpe, por eu ser canhota, os chutes nela (são armas que eu pretendo usar). Pode ser que ela queira fazer um pouco de força comigo na grade. E se ela quiser trocar força comigo, nós vamos trocar força de igual para igual”, analisou Gabi, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui).

Aos 29 anos de idade, a potiguar chega ao Ultimate com um cartel de oito vitórias e apenas uma derrota. Ainda pouco conhecida pelo grande público, Gabriella ressaltou que os fãs podem esperar um lutadora que prefere provar o seu valor dentro do cage e não fora dela, através das provocações conhecidas como ‘trash talk’, muito utilizadas por atletas que buscam se promover e aumentar sua base de fãs, mas condenada por alguns.

“Eu não tenho muito esse estilo do trash talk, que é bem comum. Mas eu gosto de mostrar o resultado dentro do octógono. Eu venho mostrando isso nas minhas últimas lutas. Após a luta, sim, eu vou querer desafiar alguma pessoa, futuramente. Mas de uma maneira mais sutil e, digamos assim, educada. Esse é o meu jeitinho”, afirmou.

Gabriella Fernandes estreia no UFC neste sábado, de olho em manter sua longa sequência de invencibilidade na carreira. De 2019 para cá, a brasileira venceu sete combates consecutivos, os três últimos sob a bandeira do evento ‘LFA’. Sua única derrota como profissional no MMA veio em junho de 2018, quando foi superada por Maria Silva, na decisão dividida dos juízes, no ‘Natal Fight Championship 15’.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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