Ex-lutador do UFC, Mike Perry competiu MMA profissionalmente pela última vez em abril de 2021. À época, o americano vinha de quatro derrotas nas últimas cinco lutas disputadas no Ultimate. Exatos três anos depois, ‘Platinum’, como é conhecido, se ‘reencontrou’ em uma nova modalidade e, nela, vem embalado por quatro triunfos consecutivos. Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, o ‘bad boy’ comemorou a rápida adaptação e sucesso atingidos dentro do boxe sem luvas.
Intitulado como o ‘Rei da Violência’ na última aparição no evento ‘Bare Knuckle’, quando nocauteou Eddie Alvarez, Mike Perry admitiu que o boxe sem luvas é um esporte que favorece seu estilo agressivo e predominantemente disputado na trocação, desde os tempos do MMA. Novamente em alta nos esportes de combate devido ao sucesso encontrado na nova modalidade, Platinum volta ao ringue no dia 27 de abril, em Los Angeles (EUA), para enfrentar o brasileiro Thiago ‘Pitbull’.
“Eu aceito isso (que o boxe sem luvas se encaixa no meu estilo). Houve uma época em que tentava rebater o que as pessoas diziam: ‘Ah, mas isso e aquilo’. Sem desculpas. Eu sempre fui um grande nocauteador, sempre quis apenas brigar no centro do octógono ou do ringue, onde quer que estejamos lutando. Apenas lançava socos, sempre preferi o boxe como minha primeira escolha em uma luta (de MMA). Mesmo no chão, eram socos e ‘ground and pound’. Eu sou o rei da violência. Outra coisa que o Thiago disse foi que ele era o rei dessa m***. Bom, isso autoproclamado por ele. E, na verdade, foi me dado essa alcunha de ‘Rei da Violência’. Não é algo autoproclamado (como ele fez)”, reconheceu Mike.
Confiança em alta
Aos 32 anos e invicto dentro do boxe sem luvas em quatro combates disputados, Perry se tornou possivelmente uma das maiores estrelas da modalidade – que vem crescendo em apelo e popularidade aos poucos. Com triunfos sobre adversário do calibre dos ex-campeões do UFC Luke Rockhold e Eddie Alvarez, Platinum esbanja confiança para manter o 100% de aproveitamento contra Pitbull, apesar de reconhecer as virtudes do oponente brasileiro.
“Minhas mãos estão prontas para a dor e punição que planejo dar ao Thiago. Estou animado para essa luta, me sinto pronto. Acredito que tenho vantagem de qualquer maneira. Thiago é experiente. Eu venho de uma sequência de vitórias, é bem tranquilo para o meu estilo. Ele será duro quando eu bater nele, ele tem um bom ‘jab, jab e direto’. Ele terá alguns pontos fortes lá (na luta), mas acho que minha velocidade, minha técnica, meus movimentos e habilidades vão dominar ele. Não vou deixar o Thiago desistir, vou fazê-lo enfrentar a dor. E quando eu bater nele, ele não terá opção a não ser voltar para mais um round e ser nocauteado”, projetou o americano.
Thiago Pitbull também possui um histórico no boxe sem luvas. Em 2021, o brasileiro, inclusive, conquistou o então cinturão inaugural dos pesos-médios da entidade. Entretanto, após um imbróglio contratual, deixou a empresa – mesmo invicto em duas lutas. De volta, o cearense terá pela frente o seu principal desafio na modalidade diante de Mike Perry.