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Entrevistas

Especialista em jiu-jitsu, ‘Sergipano’ aposta na trocação para vencer a segunda no UFC

Em time que está ganhando não se mexe. Nem sempre esta velha máxima do futebol serve para outros esportes. Pelo menos é o que aposta André ‘Sergipano’, que encara Bartosz Fabinski neste sábado (5), pelo UFC Las Vegas 9. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o peso-médio (84 kg) – que, apesar do apelido, é mineiro – revelou que pretende deixar de lado, ao menos inicialmente, sua principal arma, o jiu-jitsu, e explorar a trocação.

Apesar de ter no grappling a sua especialidade, comprovada pelas 12 vitórias por finalização em 19 triunfos totais na carreira, o faixa-preta enxergou brechas no jogo do adversário que, de acordo com ele, podem ser melhor exploradas na luta em pé. Por isso, André aposta em priorizar a trocação, na qual tem evoluído nos últimos tempos, para conquistar sua segunda vitória pelo Ultimate.

“Ele é oriundo do judô, pelo que eu pesquisei. Trabalha o grappling, assim como eu. Ele é um cara que gosta de trabalhar a luta de três rounds, trabalha bem isso. Mas (estudando o jogo dele) eu achei que ele fica meio afobado quando começa a entrar umas porradas. Então, o caminho que eu vejo para essa luta é a trocação, mesmo eu sendo oriundo do chão. A gente vai buscar a trocação no começo da luta e, se tudo correr bem, vamos em busca do nocaute”, explicou ‘Sergipano’, que estreou no UFC com vitória sobre o compatriota Antônio Arroyo, em novembro do ano passado.

No sábado, o peso-médio – que conquistou seu contrato com o Ultimate após participar tanto da edição brasileiro como da versão americana do ‘Contender Series’ – se apresentará novamente nas instalações do UFC Apex, em Las Vegas (EUA). Com bom retrospecto no local, ‘Sergipano’ torce para que a sorte continue lhe acompanhando na cidade norte-americana, onde está invicto. Nem mesmo o octógono menor da sede do evento, que, na visão do lutador, poderia atrapalhar sua estratégia, parece tirar a confiança do atleta da equipe ‘TFT’.

“Eu tenho muita sorte ali (no Apex). Fiz duas lutas, duas vitórias, consegui meu contrato (com o UFC). Então, eu me sinto em casa ali. Espero conseguir mostrar todo o meu trabalho novamente e que eu continue tendo sorte em Las Vegas”, relembrou André, antes de comentar sobre o octógono menor utilizado no UFC Apex.

“Para o meu tipo de jogo, que é a luta de grappling, onde eu sou especialista, o octógono menor é melhor. Mas para essa luta específica, eu queria poder lutar no octógono maior. Para poder trabalhar a distância, já que eu sou maior e tenho a envergadura maior do que o meu adversário. Mas, independentemente de qual octógono seja, o importante é estar lutando no UFC. É uma oportunidade única na minha vida, então qualquer que seja o palco, desde que seja pelo UFC, é bom”, concluiu.

No MMA profissional desde 2009, André Muniz, o ‘Sergipano’, acumula 19 vitórias e quatro derrotas em seu cartel. Adversário do brasileiro neste sábado, o polonês Bartosz Fabinski – que retorna ao Ultimate após breve passagem pelo ‘Cage Warriors’ – soma 14 triunfos e três reveses em sua carreira.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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