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Elenco exalta importância de Tererê às vésperas de lançamento do filme: “Lenda viva”

Nesta sexta-feira (17), os fãs de jiu-jitsu e do entretenimento vão ganhar um prato cheio com a estreia do filme ‘O Faixa-Preta: a verdadeira história de Fernando Tererê’. O longa-metragem, inspirado na história e vida do vitorioso lutador carioca, será lançado no ‘HBO Max’ – serviço de streaming. Às vésperas do debute na plataforma, o elenco da película nacional conversou com exclusividade com a equipe de reportagem da Ag Fight.

Diretor do filme, Caco Souza admitiu que não era familiarizado com a história do faixa-preta. No entanto, revelou que, assim que se deparou com os desafios encarados por Tererê, decidiu transformar a vida do pentacampeão mundial de jiu-jitsu em uma obra cinematográfica.

“Não conhecia (história do Tererê), eu era uma pessoa completamente distante do universo da luta, do jiu-jitsu (…) Mas quando conheci, pensei: ‘Esse é o filme, vamos cair para dentro porque essa história tem e deve ser contada’. Esse legado dele para a comunidade, para o lugar de onde ele veio e também para o esporte. Isso é fundamental, e é o que queremos deixar como mensagem do filme, o legado do nosso Fernando Tererê”, relembrou o diretor de cinema.

O representante escalado para interpretar o protagonista do filme foi Raphael Logam, mas não sem antes uma bela reviravolta. Conforme revelou em conversa com a Ag Fight, o ator foi inicialmente convocado para dar vida ao personagem de Alan Finfou, um dos principais alunos do mestre Tererê. No entanto, por conta de uma mudança de última hora no elenco do filme, Raphael foi alçado ao posto de maior destaque do longa.

“Fui chamado inicialmente para fazer o Finfou, nem teria cena de luta. Mas faltando três dias, aconteceu do ator (que faria o Tererê) sair e eu, que já estava ali, fui convocado (risos) para fazer o mestre Tererê. Então tive três dias (para me preparar). Não tive tanto contato com o Tererê ao vivo, mas conversei com ele bastante pelo telefone (…) Ele é muito querido e um mestre sensacional”, afirmou Logam.

Assim como Tererê na infância, um dos atores do elenco também se apaixonou pela arte suave. Durante as gravações do filme, onde interpretou o mestre Leandro Martins, primo de Tererê, Jefferson Brasil tomou gosto pelo jiu-jitsu e carregou o esporte consigo até os dias de hoje. Entusiasta da modalidade, o ator, inclusive, já se destaca em competições de nível nacional.

“Conheci o jiu-jitsu através do filme ‘O Faixa-Preta’. Sou da zona norte do RJ, onde a capoeira é muito forte. Comecei na capoeira, cheguei a fazer uma aula experimental (de jiu-jitsu), mas na época pensei: ‘Esse negócio de agarrar não é para mim’ (risos). E depois de 20, 30 anos, entrei no tatame para fazer o filme. Foi uma época difícil, de pandemia, nosso lado artístico estava muito parado. E o jiu-jitsu foi, para mim, uma saúde mental, um estado de espírito que precisava naquele momento. Comecei a treinar fazendo laboratório para o filme e quando fui ver, já estava treinando com a equipe ‘FT’, competindo, ganhando medalha de ouro”, explicou o ator.

Assim como a vida e carreira de Fernando Tererê, o filme ‘O Faixa-Preta’ promete uma verdadeira montanha-russa de emoções. Mas para o ator Luiz Otávio, que interpretou Alan Finfou no longa-metragem, a principal mensagem presente na obra é a de superação.

“Acho que a mensagem mais importante (do filme), que é algo até que levei para minha própria vida, é: nunca desista. A vida vai ter altos e baixos e a gente vai estar sempre ali lutando. Por mais que alguém te derrube, você joga para a guarda e depois raspa (risos). Acho que é isso, nunca desistir e sempre ter força para seguir adiante”, concluiu Luiz.

Atualmente aos 43 anos, Tererê é um dos nomes mais emblemáticos da história do jiu-jitsu. Ao longo de sua trajetória na modalidade, o brasileiro se sagrou campeão mundial em cinco oportunidades: como faixa-preta (2x) e também como faixa-azul, roxa e marrom.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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