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Durinho explica dificuldade para conseguir luta no UFC: “Eles sabem que será uma guerra”

Depois de muito reclamar da falta de iniciativa dos tops dos meio-médios (77 kg) do UFC para assumir riscos e aceitar lutas, Gilbert Burns finalmente encontrou um oponente. Em janeiro, no Brasil, ‘Durinho’ encara Neil Magny em busca de voltar ao caminho das vitórias e, quem sabe, se aproximar de uma possível nova disputa pelo cinturão da categoria. Inclusive, o niteroiense está com tanta vontade de atuar, que ignora a distância entre ele e o veterano no ranking da divisão, justamente, pela falta de posicionamento dos grandes nomes dela.

Vale destacar que ‘Durinho’ é o quinto colocado no ranking dos meio-médios do UFC, enquanto o americano é o número 12 da categoria. É bem verdade que, geralmente, a empresa não costuma casar lutas envolvendo atletas tão distantes um do outro em suas respectivas divisões, mas, como o brasileiro não atua desde abril, assume tal risco. Na ocasião, o niteroiense foi derrotado por Khamzat Chimaev e, para se recuperar, desafiou Jorge Masvidal. Contudo, Gilbert insistiu tanto na realização do duelo com o veterano, que perdeu tempo, já que a negociação não avançou.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), ‘Durinho’ lamentou encerrar a temporada 2022 com apenas uma luta disputada e com derrota para Chimaev. Chateado, o brasileiro explicou que fez de tudo para permanecer ativo no ano e justificou sua ausência do octógono pelo fato de ser um oponente dos mais complicados e perigosos para os tops dos meio-médios lidarem. Apesar de ter se destacado no MMA pelo seu alto nível no jiu-jitsu, o niteroiense, ao longo dos anos, evoluiu na trocação e se transformou em um profissional completo. Portanto, Gilbert frisa que poucos são os atletas dispostos a encará-lo.

“Sem querer falar com arrogância, mas acho que sou uma luta difícil para os caras. Eles não vão querer me colocar para baixo. Se der mole, eu coloco para baixo. Se trocar em pé, posso jogar uma mão pesada, vai ser uma guerra. Os caras sabem que não vou desistir, então é uma luta difícil. Tem um caminho mais fácil, sabe? Aí fica a dificuldade para fechar a luta. Minha última luta foi em abril, estou sem lesão, treinando e queria lutar mais. Foi bom. Não foi fácil, mas consegui evoluir bastante. Na luta com o Chimaev foi um lutão, mas tomei muito golpe. Agora, vou conseguir mostrar evolução e foquei muito nisso”, declarou o lutador.

Gilbert Burns, de 36 anos, é um dos principais lutadores brasileiros em atividade no MMA. ‘Durinho’ iniciou sua caminhada no esporte em 2012 e estreou no UFC em 2014. Pela empresa, o niteroiense disputou 18 lutas, venceu 13 e perdeu cinco vezes. Número cinco no ranking dos meio-médios, o atleta chegou a disputar o cinturão da categoria em 2021. Seus principais triunfos foram sobre Demian Maia, Gunnar Nelson, Stephen Thompson e Tyron Woodley.

Jornalista formado, especializado em MMA. Também acompanho boxe, boxe sem luvas, boxe de celebridades e WWE.

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