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Louis Grasse / PX Images

Entrevistas

‘Durinho’ admite viver ‘teste de paciência’ e opina sobre possível luta com Chimaev

Apesar de ocupar a segunda colocação do ranking dos meio-médios (77 kg) do Ultimate, Gilbert ‘Durinho’ vive uma situação inusitada. Sem lutar desde junho deste ano, o brasileiro ainda não tem previsão de quando vai retornar ao octógono mais famoso do mundo. A explicação para esse cenário é a falta de rivais do topo da divisão disponíveis.

Por isso, ‘Durinho’ chegou a fazer uma série de desafios nas redes sociais e, inclusive, cogitou até atuar no peso-médio (84 kg) para se manter ativo. Depois de não ter sucesso com nenhuma de suas investidas, o brasileiro abriu o jogo. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o faixa-preta de jiu-jitsu destacou sua parte mental para superar esse período de inatividade, mas revelou sua esperança na mudança deste cenário.

Neste sábado (6), Kamaru Usman e Colby Covington lutam pelo cinturão da categoria, o que pode mexer as peças do topo da classificação. Além deste combate, no dia 11 de dezembro, Leon Edwards encara Jorge Masvidal, outro duelo importante nos meio-médios. De acordo com ‘Durinho’, seu próximo adversário deve sair destes dois embates.

“Estou em uma fase que estou testando a minha paciência. Sigo meus treinamentos para continuar a minha evolução, mas não sei o que fazer. Então vou treinar, esperando alguma resposta do UFC. Deu até vontade de fazer macumba para o pessoal se machucar e pegar uma luta (risos). Até essa opção eu tinha na minha cabeça. Mas é um teste de paciência, a categoria ficou meio travada. A luta que faria sentido era eu e Vicente (Luque), mas como não vamos lutar, travamos a divisão. Mas depois da luta do Kamaru e a do Leon Edwards vão abrir as possibilidades para lutar de novo”, disse, emendando.

“Se o Edwards ganhar, vai ser o próximo (pelo cinturão). Se o Masvidal ganhar vai dar uma embaralhada. Se o Colby ganha mexe com a categoria toda, mas ele é um pela saco, não dá para torcer para ele. Minha torcida é para o Kamaru, até porque quero enfrentá-lo de novo. Acho que na próxima semana teremos respostas. Estou no topo da categoria, não dá para escolher luta. (…) Tenho que esperar essas lutas acontecerem”, completou.

Por estar sem oponente, o nome de ‘Durinho’ surgiu após o UFC 267, realizado no último sábado (30). Após a vitória dominante de Khamzat Chimev, o brasileiro apareceu como um possível rival para o sueco. Apesar de estar disposto a encarar o desafio, o atleta natural de Niterói (RJ) admitiu que não acredita que esse duelo vai acontecer agora.

“Eu estava chegando ao ponto de lutar contra qualquer um, mas o UFC não vai me dar qualquer um. Eu pedi o Neil Magny e o UFC não quis. Seria um pulo muito grande para o Chimaev e não sei se o UFC me daria. Eu lutaria. Ele tem um ‘hype’ gigantesco e ganhar dele seria bom para mim, mas não sei se o UFC daria essa chance”, justificou.

No UFC desde 2014, Gilbert ‘Durinho’ atravessou seu melhor momento na organização entre 2018 e 2020, quando emplacou uma sequência de seis vitórias. Atualmente, o faixa-preta de jiu-jitsu se encontra na segunda posição no ranking dos meio-médios e possui triunfos marcantes sobre Demian Maia, Gunnar Nelson, Stephen Thompson e Tyron Woodley. No MMA, o atleta levou a melhor em 20 lutas e perdeu quatro vezes.

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