Desde que chegou ao Ultimate, em 2019, Ariane Lipski não terminava uma temporada 100% dentro do octógono. Isso mudou em 2023. Com três lutas no período, a brasileira brilhou e conquistou três vitórias – a última delas no último sábado (16), no UFC 296, em Las Vegas (EUA), contra Casey O’Neill. Na melhor fase dentro da principal organização de MMA do mundo, a ‘Rainha da Violência’ relembrou, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, os ‘altos e baixos’ que a trouxeram até esse momento.
Quando estreou no UFC, em janeiro de 2019, Ariane vinha embalada por nove vitórias seguidas e chegava com status de prospecto dentro da categoria dos moscas (57 kg). No entanto, lesões, inatividade e rivais de alto nível fizeram com que a brasileira tropeçasse em seus primeiros compromissos na empresa e tivesse seu ‘hype’ diminuído. Mais madura e completa como lutadora com o passar dos anos, Lipski afirmou que, enfim, conseguiu se adaptar 100% aos moldes de competição do Ultimate.
“Esse ano, meu melhor ano no UFC, três lutas, três vitórias. Com uma ótima performance contra uma atleta que tem nome dentro do UFC, a Casey O’Neill. Ela tem um ótimo cartel, lutou com grandes atletas. Então ter uma ótima performance contra a Casey, com a terceira vitória no ano, estou muito feliz (risos) (…) Tive muitos altos e baixos desde que entrei no UFC e posso dizer que amadureci muito. Ano passado coloquei na cabeça: ‘Não vou perder mais para mim mesma’. Vamos virar o jogo, e deu certo. Vim (para o UFC) com uma grande expectativa quando estava no KSW, mas vinha de lesão e um ano parada, então minha performance não foi a mesma de antes. Tive muitos altos e baixos, mas consegui superar e agora acredito que peguei o ritmo do UFC (…) Cinco anos no UFC e finalmente acho que peguei o ritmo”, analisou Ariane.
Ranking à vista?
Além de consolidar a melhor fase de Ariane dentro do Ultimate, o triunfo sobre Casey O’Neill pode render bons frutos para a brasileira na próxima atualização do ranking, programada para a próxima terça-feira (19). Afinal de contas, a rival norte-americana atualmente desponta na 12ª posição entre as pesos-moscas (57 kg). Desta forma, a tendência é que a ‘Rainha da Violência’, enfim, alcance o top 15 da divisão até 57 kg.