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Ariane Lipski exalta treinos na ATT e ajuda de Amanda Nunes para encerrar má fase

Ariane Lipski chegou ao UFC em 2019 com alta expectativa por parte dos fãs e dos promotores da organização. A brasileira era campeã do KSW, evento polonês, e uma das esperanças do país para chegar ao topo na divisão do peso-mosca (57 kg). No entanto, a lutadora ainda não conseguiu mostrar todo seu potencial e, até o momento, soma duas vitórias e quatro derrotas no maior evento de lutas do mundo. Por isso, a atleta decidiu fazer uma mudança e pretende colher os frutos dessa escolha neste sábado (18), quando encara a estreante Mandy Bohm, no UFC Vegas 37.

No fim de 2020, Ariane transferiu seus treinamentos na equipe ‘American Top Team’, na Flórida (EUA). Embora não tenha conseguido um resultado positivo no seu primeiro compromisso após essa troca, a brasileira adiantou, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (clique aqui) que acredita que chegou o momento certo de mostrar sua evolução, principalmente na parte de solo, a grande brecha em seu jogo.

Para esse novo compromisso, Lipski revelou que contou com a ajuda especial de Nina Nunes e não deixou de exaltar a importância especial dos conselhos de Amanda Nunes, atual campeã do peso-pena (66 kg) e peso-galo (61 kg) do Ultimate.

“Depois que lutei com a Antonina, que era uma striker e achei que a luta fosse em pé, mas ela me colocou no chão, vimos que a gente precisava de mais meninas com jogos diferentes para treinar, melhorar o wrestling. Tudo fluiu pra gente treinar na American Top Team e tenho sentido bem a diferença nos treinos, dessa variedade de atletas, treinadores. É um time todo trabalhando pela minha evolução, pela influência de campeões, como a Amanda Nunes, que está sempre ali me dando atenção, passando a experiência dela para eu aprender e isso me faz evoluir muito mais rápido”, disse.

Com praticamente dez meses no novo time, Ariane agora tem a oportunidade de comprovar dentro do octógono todo o aprendizado que teve nesta nova etapa da carreira. A brasileira tem pela frente uma estreante e que também prefere a trocação, sua principal arma. Portanto, a peso-mosca destacou a oportunidade que tem pela frente.

“É uma ótima oportunidade de mostrar a minha evolução. Ela é uma striker, mas não vou ficar surpresa se ela quiser colocar para baixo como a maioria das minhas adversárias fazem e estou preparada. Acredito que ela possa fazer isso porque sabe que sou perigosa na trocação. Eu já tinha treinado muito meu wrestling para a minha última luta, mas não consegui mostrar ainda, não estava com as reações certas nos momentos certos. Mas por ela ser uma striker, vou conseguir ler todo o tempo de quedas. Vou estar preparada para tudo. Vou defender todas as quedas dela e manter a luta em pé”, explicou.

No seu primeiro ano de Ultimate, Ariane Lipski também acumulou duas derrotas seguidas, mas espantou a má fase e depois somou dois triunfos na sequência. Porém, neste momento, brasileira vem de dois resultados negativos, um fato que costuma acender um sinal de alerta a qualquer atleta da companhia. A lutadora tem consciência da sua fase, mas rechaçou se colocar mais pressão antes do combate deste sábado.

“É algo mental. Já passei por isso nas minhas primeiras lutas no UFC e a pressão foi muito maior, porque a maneira como cheguei, campeã do KSW e a expectativa que tinha e essa pressão entrou na minha cabeça. Eu aprendi muito com isso. Não deixar a pressão influenciar. Não posso criar um monstro na cabeça, é coisa da cabeça das outras pessoas, tenho a minha realidade e sei o quanto dedico, trabalho e o conhecimento do meu time. É levar tudo com mais calma, consciente e é a maneira que vou fluir melhor”, completou.

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