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Natassia del Fischer/PxImages

Entrevistas

Após ‘maior vitória’ da carreira, Marina descarta mudar estilo para aumentar ‘hype’

Sem vencer desde 2019, Marina Rodriguez pisou no octógono no último sábado (23) consciente que poderia dar a volta por cima no Ultimate em grande estilo. Isso porque a lutadora era apontada como a ‘zebra’ na luta contra Amanda Ribas, no UFC 257, e não contava com muita atenção do público e mídia. Porém, a gaúcha protagonizou grande atuação e venceu por nocaute no segundo round, anotando seu terceiro triunfo na liga.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Marina Rodriguez comentou sobre a visibilidade que envolvia esta luta. A atleta recordou que recebeu um tratamento diferenciado na semana do combate e que soube capitalizar isso a seu favor. Por todas as questões extra-octógono aliadas à uma atuação impecável com direito a sua primeira vitória por nocaute no UFC, a peso-palha (52 kg) exaltou ainda mais o triunfo.

“Foi a vitória mais importante (da minha carreira) por ter vindo através de um nocaute incrível, no caso dois na mesma luta, e contra uma rival super valorizada pelo público. Mais ainda por eu ser a zebra e não ter tido quase nenhuma atenção pré-luta. A vitória veio com maior prestígio”, disse a atleta que mora em Florianópolis (SC) desde 2006.

Ao citar o ‘hype’ de sua adversária e apontar essa vitória como a mais importante de sua trajetória na modalidade, Marina agora admitiu que agora espera maior reconhecimento por parte dos fãs. No entanto, a lutadora descartou mudar a sua personalidade para atrair atenção e destacou que o importante para ela é dar show dentro do octógono.

“É possível que sim (ganhe mais visibilidade). Muitos falam que não adianta só lutar bem, que precisa ter carisma. Mas sendo sincera, o que ganha no final das contas é lutar bem, é vencer e convencer dentro do octógono. As pessoas têm que entender que ser um atleta de alto nível não é nada fácil. São 24 horas por dia cuidando tudo que você faz, alimentação, descanso, estudos para poder sempre ter um treino melhor que o outro. É assim que o atleta evolui pra chegar lá na hora e poder nocautear”, disse, emendando.

“Claro que dar atenção a mídia faz parte também, pois somos figuras públicas, isso o atleta já sabe quando assina o contrato com UFC, mas exagerar e tirar o seu tempo de descanso ou de treino para focar mais em mídia, não faz parte do meu perfil. São estilos diferentes, cada atleta tem o seu, respeito todos os estilos, mas o público tem que entender que esse é o meu estilo, perdendo, empatando ou ganhando”, completou.

No MMA profissional desde 2015, Marina Rodriguez, de 33 anos, soma agora 13 vitórias, dois empates e apenas uma derrota em seu cartel na modalidade. Com o triunfo do último sábado, a gaúcha ex-Contender Series subiu posições importantes no ranking da divisão e atualmente ocupa a sexta posição na classificação do peso-palha do UFC.

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