Neste sábado (23), no UFC Vegas 79, Marina Rodriguez vai atuar com um objetivo claro em mente. Com duas derrotas consecutivas, a brasileira quer retomar à coluna das vitórias em grande estilo para voltar a postular como uma das possíveis desafiantes ao título do peso-palha (52 kg). Mas para isso, a striker gaúcha terá que superar uma velha conhecida no octógono: Michelle Waterson.
Às vésperas do confronto, Marina admitiu, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, que está com gana para virar a chave na carreira e construir do zero uma nova corrida até um eventual title shot dentro da categoria. Para voltar a impressionar os fãs e a alta cúpula do UFC, a brasileira mira um triunfo pela via rápida sobre ‘The Karate Hottie’, rival que já venceu, por decisão unânime, em maio de 2021.
“Consegui transformar muita coisa do meu jogo, transformar minha mente e voltar a ser quem eu era antes. Então estou muito confiante nessa vitória. Estou 100%, sem nada que atrapalhe, física e mentalmente. Estou renovada. Mas o principal é a vontade, estou com muita vontade de retornar às vitórias. Quero voltar a mostrar meu diferencial, que posso nocautear e finalizar, para poder ter o microfone em mãos e me colocar na fila de um possível ‘title shot’ em seguida. Vencendo ela (Waterson) de uma maneira expressiva, consigo fazer mais uma luta contra alguém da frente para poder me colocar novamente na frente pelo título”, projetou Rodriguez.
Bateu na trave
Entre 2021 e o início de 2022, Marina emplacou quatro vitórias seguidas que a alavancaram para a terceira colocação do ranking dos palhas e, por tabela, a alçaram como uma das favoritas para a disputa do cinturão em seguida. No entanto, o ‘timing’ não favoreceu a brasileira, que precisou recusar um duelo contra Weili Zhang que, à época, ainda não era campeã. Desta forma, a chinesa foi escalada contra Joanna Jedrzejczyk no UFC Singapura e se credenciou para lutar pelo título na sequência. Já Rodriguez, quando voltou a competir, foi derrotada e viu o sonho escapar pelas mãos.
“A gente teve escolhas erradas em momentos errados que fizeram a gente ir lutar mesmo sem estar 100% pronta para lutar. Eu perdi aquele timing do title shot, de quando me ofereceram a Weili Zhang e a gente teve que recusar naquele momento, em Singapura. Essa deixa de não pegar aquela luta pode ter influenciado em várias outras coisas. E acaba que vira uma bola de neve”, lamentou a atleta da ‘Thai Brasil’.
Revelada pelo Contender Series, em 2018, Marina já disputou 11 combates dentro do Ultimate. Como profissional de MMA, a atleta, de 36 anos, detém um cartel de 16 vitórias, três derrotas e dois empates.