O último sábado (13) marcou a volta de Dhiego Lima ao octógono. O brasileiro ficou mais de um ano afastado das competições enquanto se recuperava de uma cirurgia no pescoço, de uma lesão na mão e da COVID-19. Mas engana-se quem pensa que o atleta ficou frustrado com a derrota diante de Belal Muhammad, por decisão unânime dos jurados, no UFC 258.
Apesar do foco em manter seu bom aproveitamento no Ultimate, já que vinha de três triunfos seguidos, o atleta garante que o resultado da luta acabou em segundo plano. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o brasileiro valorizou o retorno à franquia depois de tantos imprevistos e fez uma análise de sua performance no embate.
“É muita alegria voltar a lutar. Peguei o número 13 do ranking e machuquei a perna dele. Foi uma lutaça, mas eu deixei ele me pressionar muito. Ele não me deu um segundo para respirar. Acertei alguns golpes, mas lutei na defesa o tempo todo, não consegui atacar como queria um segundo. Dei uma travada, não sei se foi muito tempo parado. Não consegui soltar. Mas fiquei feliz porque lutei os três rounds”, afirmou o atleta.
Este duelo, além de marcar a volta de Dhiego, também era uma prova de fogo para ver como o brasileiro se sairia após a cirurgia que enfrentou na temporada 2020. De acordo com o meio-médio, se sua atuação não foi como esperado, há motivos para celebrar. E seu “novo” pescoço é um deles.
“A cirurgia foi para me ajudar, porque antes falavam que eu não tinha queixo, que ia ser nocauteado e mostrei que meu queixo ficou melhor. Vi a diferença no meu pescoço. Tomei muito golpe limpo e fui para cima. Mas eu ouvia as instruções e o corpo não ia. Quero continuar no ritmo para sair disso. Se lutar agora vai ser perfeito (risos). Tem muita coisa que vou aprender desta luta. É muita alegria voltar a lutar”, contou.
Passada a experiência de pisar novamente no cage, agora Dhiego Lima mira recuperar o tempo perdido. No que depender do atleta, ele já tem em mente quantas vezes pretende atuar no ano, além de citar um rival que gostaria de encarar em sua próxima luta.
“Agora é manter o ritmo. Eu estava vindo bem e essa travada não foi legal. Quero lutar já em junho. Ainda não sentei com meus técnicos, mas acho que remarcar aquela luta com o Alex Morono, que já era para ter acontecido, e ele também vem de derrota é uma boa para encaixar. Quero fazer de três a quatro lutas esse ano”, completou.
Dhiego Lima teve sua sequência de três vitórias seguidas interrompida. O brasileiro, que está na sua segunda passagem pelo UFC, antes de ser superado por Belal Muhammad, venceu Chad Laprisse, Cout McGee e de Luke Jumenau, esta última em outubro de 2019.