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Natassia del Fischer/PxImages

Entrevistas

Amanda Ribas mira disputa de título e nova experiência no peso-mosca em 2021

De volta à ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU), onde brilhou em julho de 2020, com uma vitória por finalização sobre Paige VanZant na edição 251, Amanda Ribas terá pela frente desta vez a compatriota Marina Rodriguez, no card principal do UFC 257, que acontece no próximo sábado (23) e inaugura o calendário de eventos numerados da entidade neste ano. Em constante ascensão desde sua estreia pela organização, a mineira traça planos ainda mais ambiciosos para esta temporada.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Amanda revelou sua audaciosa lista de objetivos para a temporada que se inicia, que inclui uma disputa de título na sua divisão de origem, o peso-palha (52 kg), e até mesmo uma nova aventura na categoria de cima, até 57 kg, onde fez sua estreia justamente em seu último compromisso, diante da americana Paige VanZant. Para isso, a mineira sabe da importância de iniciar o ano com o pé direito e uma boa apresentação contra Marina Rodriguez.

A peso-palha, que estreou no Ultimate em junho de 2019, já acumula quatro vitórias consecutivas dentro do octógono mais famoso do mundo e vem conquistando mais fãs a cada dia, tanto pelo talento como pelo carisma. Entre os admiradores da jovem promessa está uma figura de enorme importância para o futuro de Amanda, o presidente do UFC, Dana White, a quem a lutadora mira impressionar neste sábado para, quem sabe, se aproximar ainda mais da concretização de uma de suas metas.

“Acho que tudo depende de como for a luta (contra a Marina). A Carla Esparza, tinham alguns sites falando que ela já estava meio que para disputar o cinturão. Então, se ela está nessa posição e eu estava para lutar com ela… Então tudo depende do resultado dessa luta. De como eu posso convencer o público a querer me assistir lutando pelo cinturão, o Dana (White). Tudo depende do resultado dessa luta”, analisou Amanda, antes de revelar seus planos para 2021.

“Minha lista de objetivos profissionais: eu quero, sim, até o final do ano estar disputando o cinturão, quero fazer umas quatro lutas no UFC esse ano – não só no 115 (52 kg), mas no 125 (57 kg) também – porque eu acho uma boa para mim”, revelou.

Para atingir seus objetivos na temporada, a mineira terá que superar um desafio considerável, se tornar apenas a segunda atleta a derrotar Marina Rodriguez no MMA profissional. E, ao que parece, Amanda não considera a opção mais segura para ter vantagem sobre a rival: utilizar o seu grappling, ponto mais débil do jogo da gaúcha, que tem como principal arma a sua afiada trocação.

Nos últimos dias, Amanda tem deixado claro que pretende se testar contra Marina na luta em pé, apesar da descrença da adversária. O motivo, de acordo com a mineira, é simples: provar ao UFC que segue em constante evolução e não se acomodou com a fama e a atenção que tem recebido nos últimos tempos.

“Pode ser para surpreendê-la também. Para mostrar para o UFC que eu venho em evolução, que eu não sou o tipo de atleta que estagna, eu não me acomodo. Eu não quero ficar acomodada em somente fazer a minha parte de chão. Lógico que eu treino muito chão, eu não posso esquecer das minhas origens, da minha raiz. Mas eu quero mostrar que eu também treino muay thai, minha trocação e eu quero buscar evoluir”, concluiu.

Aos 27 anos, Amanda Ribas é uma das maiores promessas do MMA feminino brasileiro. A peso-palha conta com um cartel de dez vitórias e apenas uma derrota em sua carreira. Pelo UFC, a mineira já superou Emily Whitmire, Mackenzie Dern, Randa Markos e Paige VanZant, respectivamente.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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