Cris ‘Cyborg’ contou com um rosto conhecido durante sua preparação para sua primeira defesa do cinturão peso-pena (66 kg) do Bellator nesta quinta-feira (15). Em entrevista ao site ‘MMA Junkie’, a brasileira revelou que voltou a treinar com Rafael Cordeiro, seu antigo técnico, para o camp do duelo contra Arlene Blencowe e destacou a felicidade de retornar às origens com seu primeiro professor antes de um confronto tão importante.
Os dois últimos camps de ‘Cyborg’ foram realizados na África do Sul, mas devido a pandemia da COVID-19, a brasileira não conseguiu ir ao país e foi forçada a permanecer nos Estados Unidos. No entanto, o resultado foi positivo, pois a atleta treinou na ‘Kings MMA’, no sul da Califórnia, com o técnico Rafael Cordeiro, que acompanha a lutadora desde o início de sua carreira na academia ‘Chute Boxe’, no Brasil.
“Tive a oportunidade de fazer o camp com o Rafael Cordeiro na ‘Kings MMA’, com quem não fazia há muito tempo. A última vez foi antes da luta com a Gina Carano. Ele foi o meu primeiro treinador, me ensinou a dar meu primeiro chute, meu primeiro soco. É muito bom estar de volta, treinando com ele. Ele me conhece desde o início, o que é muito, muito legal”, revelou a campeã do Bellator.
A adversária de ‘Cyborg’ vive grande fase no MMA. Com seis vitórias nas últimas oito apresentações, a atleta só foi superada pela ex-dona do cinturão do Bellator, Julia Budd – justamente a última vítima da brasileira. Antes de estrear no evento, Arlene foi campeã mundial de boxe e nunca foi nocauteada, currículo que não parece intimidar a curitibana, que garantiu ter opções para vencer a australiana.
“É uma grande oponente para mim. Ela é bicampeã de boxe. Ela gosta de golpear. Eu também gosto de golpear. Mas isso é MMA, eu posso ir para o chão ou posso bater. Vamos ver, vai ser uma luta emocionante”, ressaltou ‘Cyborg’.
A categoria peso-pena feminina do Bellator conta com cada vez mais lutadoras, o que, de acordo com Cyborg, ajuda a manter sua motivação. Vale lembrar que a lutadora já havia criticado em entrevistas anteriores a falta de adversárias nesta mesma divisão no UFC, organização em que atuava anteriormente.
“Isso me deixa muito feliz e animada, e é motivador cada vez que vejo novas garotas assinando com o Bellator. A única coisa que me faz assinar com o Bellator é que tenho toda a divisão. Não vou ter que esperar um ano, nove meses para lutar. Sei que tenho garotas na minha categoria e acredito que nossa categoria será a melhor no MMA feminino”, finalizou.
Com a conquista do mais recente cinturão em janeiro deste ano, Cris ‘Cyborg’ se tornou a primeira atleta a ostentar os títulos de quatro das maiores organizações da história do MMA: UFC, Invicta FC, Strikeforce e Bellator. Por sua vez, Arlene Blencowe vem de três triunfos consecutivos após falhar na primeira tentativa de se tornar campeã da liga, ao ser superada por Julia Budd, em 2017.