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Glover Teixeira descarta pressão ao disputar título do UFC no Brasil: “Estarei 100%”

Glover Teixeira não lutou no UFC 282, mas, curiosamente, foi um dos grandes vencedores do show. Presente ao evento que aconteceu no último sábado (10), em Las Vegas (EUA), o brasileiro assistiu de perto a luta entre Jan Blachowicz e Magomed Ankalaev, que valia o cinturão dos meio-pesados (93 kg), com a certeza de que enfrentaria o vencedor em 2023. Após o susto inicial com o empate no combate, o veterano, enfim, conseguiu comemorar, pois viu seu desejo de disputar o título da categoria, em seu país, se concretizar.

Como a luta Blachowicz vs Ankalaev terminou empatada, Glover, inicialmente, lamentou, uma vez que projetou que a revanche entre os atletas pelo cinturão vago dos meio-pesados seria o passo mais lógico. No entanto, para sua surpresa, Dana White, na coletiva de imprensa pós-show, tirou os europeus da jogada e anunciou o duelo do mineiro com Jamahal Hill como ‘main event’ do UFC Rio, programado para o dia 21 de janeiro, no Brasil. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), Teixeira, aos 43 anos, não escondeu a felicidade com o novo e importante compromisso.

Originalmente, Glover faria a revanche com Jiri Prochazka no UFC 282, mas uma grave lesão tirou o tcheco de cena. Sendo assim, o brasileiro sugeriu uma nova luta com Blachowicz para definir o campeão dos meio-pesados. Contudo, a liga não aceitou a proposta de Teixeira e ofereceu Ankalaev como seu rival no show. O veterano informou que topou o duelo não em dezembro e sim em janeiro, no Brasil, mas, novamente, recebeu a negativa da empresa. Agora, o mineiro conseguiu o que queria, a luta pelo cinturão em seu país. Diante de Hill, Glover pode alcançar o topo da divisão pela segunda vez e, com sua experiência, minimiza a pressão de ter essa responsabilidade ao atuar em casa.

“Não tenho muita pressão. Minhas lutas falam por mim. Sempre que chego lá, sempre faço uma das melhores performances da noite. Eu chego para definir a luta. Esse é meu estilo de lutar. Não falo muito, respeito meus oponentes e fico tranquilo, mas quando luto, mostro o motivo de estar aqui. É chegar preparado. Tenho que estar 100% preparado e agora, com seis semanas que tem para a luta ainda, estarei 100%. É focar, me preparar o melhor que posso e mostrar meu trabalho. A pressão é essa. Tenho que chegar e mostrar que estou pronto. Não é pegar uma luta de qualquer maneira. Essa é a responsabilidade que tenho com os fãs, com o Brasil, com a minha família e com a minha equipe”, declarou o veterano.

No UFC desde 2012, Glover Teixeira possui bom histórico atuando no Brasil. Ao todo, o ex-campeão dos meio-pesados da companhia possui quatro combates disputados em seu país, acumulando três vitórias e uma derrota. O mineiro nocauteou Fábio Maldonado, Patrick Cummins e Ryan Bader, mas perdeu para Phil Davis por decisão unânime.

Jornalista formado, especializado em MMA. Também acompanho boxe, boxe sem luvas, boxe de celebridades e WWE.

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