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Louis Grasse/PxImages

UFC

Norma Dumont revela ordem do UFC para descer de categoria

Ao que parece, foi em vão a mais recente tentativa feita por Norma Dumont de convocar novas lutadoras para o peso-pena (66 kg) feminino do UFC, a fim de encorpar a divisão e mantê-la ativa. Menos de um mês depois de usar suas redes sociais para sugerir que as atletas com dificuldade em bater o peso nos galos (61 kg) subissem de categoria, pelo bem da saúde de cada uma, a brasileira, que nunca escondeu sua preferência em lutar até 66 kg, voltou à internet para revelar que seus esforços não surtiram efeito e que seu futuro deve ser, realmente, na divisão até 61 kg do Ultimate.

Através da ferramenta ‘stories’ de seu perfil oficial no ‘Instagram’, Norma contou que, por ordens do próprio UFC, seu foco a partir de agora ficará totalmente voltado à divisão dos galos, para a qual foi escalada para lutar duas vezes na organização presidida por Dana White e falhou na balança em ambas as oportunidades. De acordo com a mineira, a justificativa por trás da decisão tomada pelo Ultimate foi a falta de adversárias no peso-pena.

Vale lembrar que o peso-pena feminino é uma categoria historicamente esvaziada no UFC, a ponto de sequer contar com um ranking top 15, por falta de atletas para formá-lo. A divisão, inclusive, constantemente é alvo de rumores sobre uma possível extinção no Ultimate. Porém, de acordo com Dana White, a categoria continuará existindo enquanto a campeã Amanda Nunes tiver interesse em competir nela.

“É isso, galera. A gente tentou, tentou, brigamos muito para manter na divisão de 66 (kg), mas a ordem foi para descer (de categoria). E a gente vai fazer o que precisa ser feito para poder lutar. Essa é a realidade. A resposta que a gente teve do UFC é que não estava conseguindo casar luta para mim no 66. A resposta de todo mundo é que no 66 não iria lutar. Então, eles decidiram que teria que descer de peso. E nós vamos tentar bater o 61 (kg) e vamos bater bem. Tentar não, nós vamos conseguir, vamos bater muito bem esse peso”, afirmou Dumont.

Apesar da confiança nas palavras, Norma tem ciência que não será uma tarefa simples se adequar definitivamente ao peso-galo, já que sempre ponderou que, por causa de sua estrutura física, o corte de peso para os 61 kg era uma missão quase impossível. Mesmo assim, a brasileira parece estar otimista com o sucesso da empreitada na nova categoria, e dois fatores corroboram seu sentimento.

Um deles é o fato de, recentemente, ter alcançado o 13º lugar no ranking dos galos do UFC. Outro importante indicativo ao qual a lutadora mineira se apega é o seu peso atual, fora de competição ou ‘em off’, como os atletas chamam. Também via ‘stories’ do ‘Instagram’ (veja abaixo), Norma revelou que se encontra com 71,2 kg atualmente e que seu corpo tem reagido bem à nova realidade.

“Não vai ser fácil, nunca foi. Mas agora a gente está indo bem. Aparentemente achamos o caminho das pedras. Eu estou empolgada com isso. Se o UFC não mudar de ideia até o próximo casamento de luta – porque isso já aconteceu nos camps passados: mandaram descer, depois mandou lutar de 66 -, mas eu acredito que não. Aparentemente foi bem fixo a resposta deles de que teria realmente que descer. E a gente vai fazer um trabalho muito bacana, mantendo ali nos 70 kg em off, eu acho que a gente chega forte, chega bem para o peso de 61. E eu estou muito empolgada porque meu corpo reagiu muito bem ao tratamento da Gabi. Então, a gente vai conseguir fazer um bom trabalho nessa divisão. E eu estou empolgada para saber como a gente vai ficar no meio desse tumulto depois de bater o peso”, concluiu.

Norma Dumont atua no UFC desde 2020 e soma quatro vitórias e duas derrotas pela organização. Desde o início de sua passagem pela entidade comandada por Dana White, a brasileira se tornou uma das maiores defensoras do peso-pena feminino, até por sua dificuldade em cortar o peso para a divisão dos galos. No entanto, apesar de, em teoria, continuar existindo, na prática, a categoria parece cada vez mais próxima de sua extinção.

Reprodução/Instagram

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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