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‘Cigano’ elogia potência de Ngannou, mas ressalta: “Sou melhor em todas as áreas”
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Junior ‘Cigano’ pode estar a uma vitória da disputa do cinturão dos pesos-pesados do UFC. Entretanto, antes de sonhar em novamente lutar pelo título que perdeu em 2012, o catarinense terá que bater Francis Ngannou, que, de acordo com o próprio brasileiro, possui um poder de nocaute acima da média. Apesar disso, o ex-campeão do Ultimate – que enfrenta o camaronês neste sábado (29), em Minneapolis (EUA) – garante: é melhor do que o rival em todos os aspectos.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Cigano apontou que a sua habilidade no MMA está à frente da do rival. Isso porque, de acordo com o ex-campeão do UFC, a possível vantagem de Ngannou se limitaria à potência dos golpes, uma vez que o atleta afirmou ser melhor que o camaronês em outros atributos como velocidade, defesa de queda, capacidade de finalização e, principalmente, na prática do boxe.
“Eu sou melhor lutador do que ele em todas as áreas. Sou um lutador melhor que o Ngannou, sem sombra de dúvidas. (…) A principal característica do Ngannou é a potência. Todo mundo daqui no peso-pesado é forte, tem poder de nocaute. Mas ele é um pouco acima da média. É um cara extremamente forte, com um poder de nocaute incrível, então é isso que faz ele perigoso, porque, em questão de habilidade, na minha opinião, ele deixa a desejar. Principalmente no boxe, que ele se diz um boxeador, eu não vejo aquela habilidade toda no boxe”, apontou, antes de dar uma breve ‘aula’ sobre a chamada nobre arte.
“Por mais que exista muita potência, sem a quantidade certa de controle acaba sendo inútil. Então, eu vejo um pouco disso no Ngannou também. Porque boxe não é só atirar golpes. Nem todos os golpes vão pegar. Então, você tem que se posicionar, agir no momento certo. Boxe é isso: atingir sem ser atingido. É se movimentar, usar o trabalho de pernas e se posicionar bem para conseguir bons golpes. E nisso eu acho que levo vantagem sobre o Ngannou”, completou.
Quando questionado sobre a chance de levar a luta para o chão, Cigano não descartou a possibilidade, apesar de garantir que a sua estratégia é buscar o nocaute. E este realmente parece ser o jogo ideal para o brasileiro, já que, desde que ele estreou no UFC, em 2008, jamais venceu por finalização no octógono mais famoso do mundo.
“Não vou negar que seja uma possibilidade, mas não é a minha estratégia. A minha estratégia é nocautear. Sempre foi, sempre vai ser e continua sendo. Vou impor o meu jogo, buscar pelos ângulos, como falei, para conseguir bons golpes e nocautear ele. Acredito que vou ter sucesso nesse sentido, mas, obviamente, isso é MMA. Não vou descartar a possibilidade de rolar uma luta de chão e eu buscar pela luta de chão. Mas a nossa primeira estratégia é buscar o nocaute como sempre”, destacou.
Aos 35 anos, Cigano vem de três vitórias consecutivas no UFC. Com isso, caso o brasileiro conquiste a vitória sobre Ngannou, tudo leva a crer que ele será o próximo desafiante ao título. Deste modo, Junior enfrentaria o vencedor do confronto entre Daniel Cormier e Stipe Miocic, que duelam no dia 17 de agosto, na Califórnia (EUA). E, com a confiança em alta, o ex-campeão do Ultimate relatou à Ag. Fight que tem a perspectiva de reconquistar o cinturão ainda em 2019.
“Eu, conseguindo essa vitória agora sobre o Ngannou, o Miocic e o Cormier vão lutar, e o vencedor saindo, espero que eles marquem essa luta o mais rápido possível. E que essa luta aconteça antes do final do ano. Quero virar o ano com o cinturão comigo”, concluiu.
Ao longo da carreira como profissional no MMA, Cigano soma, até o momento, 21 triunfos e cinco derrotas. Ele conquistou o cinturão dos pesados em 2011, ao bater Cain Velasquez. Já Ngannou, que soma 13 vitórias e três reveses, perdeu a disputa pelo título em 2018 para Stipe Miocic.