O nocaute conquistado diante de Randy Brown no último sábado (1º), no card principal do UFC Las Vegas, rendeu mais do que o prêmio bônus de ‘performance da noite’ para Vicente Luque. Em alta após anotar o oitavo triunfo nas últimas nove apresentações no octógono, o meio-médio (77 kg) aproveitou para pedir que o apoio da torcida brasileira se transforme em uma inusitada campanha.
Assim que finalizou sua participação diante de Brown, Luque aproveitou os holofotes da transmissão da TV americana para desafiar o veterano Nate Diaz. No entanto, ciente da dificuldade do UFC em negociar com o rival, que parece disposto a aceitar apenas duelos badalados (as famosas super lutas), o brasileiro pediu pelo apoio e colaboração dos fãs.
“Acho que um grande diferencial vai ser o público brasileiro”, ressaltou o lutador durante conversa exclusiva com a reportagem da Ag. Fight após o evento. “Se todo mundo entrar no Instagram, Twitter, Facebook… Bomba lá, fala lá: ‘Vicente contra Nate Diaz’. Acho que essa luta pode rolar sim. Sou um cara agressivo que luta para frente e vou trazer essa vitória para o Brasil. Vai ser um lutão”, prometeu.
Curiosamente, apesar dos grandes resultados na organização, Luque, atual número 12 do ranking da categoria, encontra dificuldades em enfrentar nomes de calibre. Em meio à uma divisão estagnada em que alguns duelos ainda sofrem com detalhes burocráticos para saírem do papel, o atleta opta por se manter ativo ao invés de esperar que um atleta ranqueado aceite enfrentá-lo.
“O que mais tem sido difícil é realmente achar aquele oponente e casar de tudo acontecer perfeitamente. Não sou um cara que fica esperando, não consigo ficar apenas treinando para um dia conseguir uma luta com um top 15. Acaba que se nenhum top 15 quer lutar, eu pego um cara ali fora (do ranking)”, explicou o lutador de 28 anos, que parece viver o melhor de sua forma no cage.
O triunfo contra Brown, por sinal, marcou a 11ª vitória de Luque no evento antes do final do tempo regulamentar. Marca impressionante que o coloca como dono da terceira melhor marca da história da divisão dos meio-médios, atrás apenas de Matt hughes e Matt Brown, com 12 e 13, respectivamente.
“Agora eu tenho essa carta na manga de falar que venho lutando com uma galera e venho mostrando trabalho de forma agressiva e excitante para o público. Não tem como, agora tem que ser um top 15 e até dezembro acho que tem como achar alguém que tope”, finalizou Luque.
Com um cartel de 19 vitórias e sete derrotas como atleta profissional, o atleta se tornou um dos competidores mais ativos e agressivos de sua divisão. Curiosamente, ele é parceiro de treinos do compatriota Gilbert ‘Durinho’, que compete na mesma categoria e que já está confirmado como próximo desafiante ao título do UFC.