Durante um seminário realizado recentemente, Charles ‘Do Bronx’ Oliveira falou abertamente sobre sua derrota para Ilia Topuria e fez uma autocrítica sobre a estratégia adotada no combate (clique aqui ou veja abaixo). O ex-campeão dos leves (70 kg) do UFC reconheceu que falhou ao não seguir o plano de luta ideal diante de um adversário com características bem distintas das suas.
Os dois se enfrentaram em junho, no UFC 317, realizado na T-Mobile Arena, em Las Vegas (EUA), em duelo válido pelo cinturão da categoria até 70 kg. O georgiano radicado na Espanha fazia sua estreia na divisão e, ainda na metade do primeiro round, aplicou um nocaute avassalador sobre o representante da ‘Chute Boxe Diego Lima’.
“Eu fui burro. O cara (Topuria) é mais curto que eu e boxer. O que eu tinha que fazer? Trabalhar mais na longa e chutar, que nem eu fiz com essa, fazendo ele vir, matando e aí eu desse o tiro. O que eu falei? ‘Vou botar para baixo e botar a mão’. E eu botei a mão, só que ele botou a mão primeiro em mim. Então eu que fui burro. Acontece. Faz parte da luta. O que eu ia fazer? A tua mente. Voltamos mais forte e assim por diante”, explicou o brasileiro, de forma sincera e descontraída.
Força mental
Assim como reforçou no vídeo divulgado durante o evento, o lutador não se deixou abalar pela adversidade e reagiu rapidamente. Pouco tempo após o revés, anunciou que voltaria ao octógono em apenas três meses, decisão que gerou questionamentos na comunidade do MMA. No entanto, de forma surpreendente, o paulista deu a resposta dentro do cage: superou Mateusz Gamrot no UFC Rio, em grande atuação, e agora aguarda uma definição do Ultimate sobre seu próximo desafio.
Determinado a seguir entre os principais nomes da organização, o ex-campeão deixou claro seu desejo de enfrentar Max Holloway pelo cinturão ‘BMF’ — título simbólico dado ao “lutador mais durão” do UFC. Com a mentalidade fortalecida e a autocrítica afiada, Do Bronx demonstra que continua em busca de evolução, sem perder o espírito competitivo que o consagrou.
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